É sempre mais fácil ficar sentado à sombra de não fazer nada. É bom deixar-se ficar abandonado à beirinha do calor confortável do comodismo. Da inércia. Da desmotivação. Do não vale a pena. Do “já fiz o que podia ser feito”.

É sempre tentador não fazer nada. Não arriscar. Não sair do sofá. Não avançar. Não experimentar. Mas, lamentavelmente, não leva a lado nenhum. Não nos aumenta nem nos faz crescer. Não nos enriquece nem, tão pouco, nos faz felizes.

Lamento dizer-te mas não estás cá para ser servido. Não estás cá para que te façam todas as vontades nem para que se cumpram todos os teus planos. Cedo perceberás que a vida não dá as tuas voltas. Não vai para o lado mais previsível. Não cede às tuas chantagens.

Lamento dizer-te mas o teu propósito não é o de viver submerso em redes sociais. As redes que te deram são daquelas que não quebram nem se soltam. As redes que te seguem são as redes que o Céu lançou. Não para te apanhar ou te prender mas para te libertar. Para te deixar partir. As redes que te seguem são redes seguras, que não dependem de amigos passageiros nem de modas imediatas. São redes que não passam.

Não te passes se tiveres uma centena de coisas para fazer. Olha com atenção e descobre o que vale a pena fazer. O que vale a pena ter como prioridade. Estás aqui para ir mais longe. Para encontrar a tua forma de ser feliz. Estás aqui para pôr o coração ao caminho. Ou melhor, para pôr o coração no caminho. Estás aqui para servir. Para dar tudo e mais um bocadinho. Estás aqui para superar as barreiras que o mundo colocou à frente da vida de muitos. Estás aqui para ser feliz. E ninguém é feliz sozinho.

Lamento dizer-te mas o teu propósito é muito maior do que tu. E muito maior do que podes imaginar. Quando ficares cansado, descansa nos braços daquele que te deu tudo. Cedo perceberás que há muito a fazer. O mundo espera por ti.

Não te esqueças: tudo será dado a quem tudo der. Vai valer a pena. Acredita.