Não é o que nos falta. É o que temos.
Não é o que nos falta. É o que temos.
Não são os que nos falharam. São os que sempre estiveram.
Não é o que nos falta andar. É o caminho que já fizemos.
Não é a mágoa de estimação. É a alegria que acaba por se descobrir, apesar de tudo.
Não é o que não se conseguiu fazer. É o que se conquistou quando não se esperava nada.
Não é o que os outros nos dizem. É o que nós escolhemos ouvir.
Não é o que sonhamos. É o que escolhemos fazer.
Não é o que fica no papel. É o que se torna ação, gesto, força e ternura.
Não é o plano. É o que implica construir.
Não é a casa. É quem temos dentro dela.
Não é o que se diz. É como se diz.
Não são as luzes que se acendem. São as luzes que podemos acender.
Não é o prémio no final. É o que se aprendeu até lá chegar.
Não é o passado. É a história que nos trouxe até aqui.
Não é o futuro. É a possibilidade bonita de ficar por cá mais um bocadinho. Ou não.
Não é o tempo que corre depressa. Somos nós.
Não é a vida. Somos nós.
Não é o que tem que ser. Somos nós.
Não há coincidências. Há caminhos.
A vida nunca é sobre o que nos falta. É (quase) sempre sobre o que temos.