7 Atitudes que a Virgem Maria nos ensina com a festa da Anunciação-Encarnação
Hoje celebramos a Virgem Maria, celebramos o seu sim, sim que trouxe ao mundo a salvação. Hoje é um grande dia porque Ela nos ensinou que, através da cooperação humana, abriram-se as portas do céu para nós. Hoje maravilhamo-nos com o mistério de um Deus que escolheu fazer-se homem no seio de Maria para nos dar vida.
“De geração em geração permanece viva a admiração por este mistério inefável. Santo Agostinho, imaginando que se dirigia ao Cordeiro da Anunciação, pergunta: "Diz-me, ó Anjo, porque aconteceu isto em Maria?". A resposta, diz o Mensageiro, está contida nas próprias palavras da saudação: "Salve, ó cheia de graça" (cf. Sermo 291, 6). De facto, o Cordeiro, "entrando nela", não a chama com o nome terreno, Maria, mas com o seu nome divino, assim como Deus a vê desde sempre e a qualifica: "Cheia de graça grazia plena", que no original grego é "amada" (cf. Lc 1, 28)”. [Bento XVI]
Quisemos fazer uma lista para pedir à nossa Mãe, que hoje celebramos, que nos ajude a ter as suas mesmas atitudes para aceitar com total disponibilidade o mistério de Deus nas nossas vidas e ser capazes de amar como ela fez.
1. Silêncio no seu interior
Maria omprime-se com a visita do anjo, mas recebe e compreende a mensagem que ele comunica com um silêncio profundo que preenche o interior. Ela está acostumada a meditar nas palavras do Senhor, está acostumada à linguagem divina e atende com profundo recolhimento.
Aprendamos de Maria a ter esse silêncio interior que nos permite estar em sintonia com o Senhor, mesmo no meio de nossas atividades diárias.
2. Escuta atenta
Maria escuta reverentemente o anjo. Não pensa nela mesma, nem no que tem para fazer, nem nas coisas que deixará de fazer para ser a Mãe de Jesus. Disponibiliza-se, escuta, deixa-se tocar pelas palavras e medita em seu coração.
Aprenda de Maria para escutar Deus no silêncio e no meio das circunstâncias específicas das nossas vidas, e peçamo-lhe que nos ajude a manter o nosso coração aberto à sua palavra.
3. Aceitação generosa
Maria depois de escutar, aceita. As palavras dão frutos no seu interior, não vão como o vento, mas mantêm-se e enraizam-se no seu coração.
Aprendamos de Maria a viver, com humilde aceitação, o plano de Deus nas nossas vidas. Que ela nos ensine a aceitar com amor os desígnios Divinos e a não querer outra coisa para a nossa vida.
4. Procura
Esta atitude é o que leva Maria a perguntar-se sobre o significado mais profundo das palavras do Mensageiro de Deus no momento da Anunciação: "Como será isso, se não conheço o homem?”. E a pergunta não é o resultado da dúvida, mas o resultado de um desejo de maior luz para descobrir a profundidade da sua missão. É o desejo de responder com maior fidelidade e generosidade.
Aprendamos de Maria a ter um coração inquieto que não descanse de glorificar Deus com as nossas vidas.
5. Disponibilidade para o Plano de Deus
Maria mostra-se totalmente disponível para fazer o que Deus pede. Esta atitude é a de um coração que foi educado a dizer sim a cada pequena coisa, um coração que foi educado a pensar primeiro nos outros e depois em si mesmo.
Aprendamos de Maria a ter esta abertura, esta generosidade sem medida que se entrega por completo e por amor a Deus e aos outros.
6. A confiança em Deus e nas Suas promessas
Maria meditou, desde a infância, nas promessas feitas por Deus ao povo de Israel. Conhece-as e sabe que Ele foi sempre fiel, apesar da fraqueza do povo. A sua confiança não é cega, é sustentada nas ações de Deus. Ela desejou que Ele fosse o centro da sua visa, abriu-se ao seu amor. Nela estão representadas as aspirações e lutas de um povo, ainda que frágil, acreditava em Deus.
Aprendamos de Maria a confiar que Deus sempre cumpre as suas promessas e que não fará exceção connosco, porque Ele é infinitamente bom e fiel.
7. Coragem
Maria não se acanhará com a grandiosa missão que lhe anuncia o anjo. Tem medo sim, mas com ousadia cumpre o Plano de Deus. Embora seja uma menina, ela confia profundamente na graça de Deus que agiganta os seus pequenos esforços e é capaz de reconhecer o valor do seu sim, o valor que Deus dá à entrega gratuita de nossa humanidade.
Aprendamos de Maria a confiar que Deus pode fazer grandes coisas com a nossa pequenez quando nos entregamos totalmente.
[Por Luisa Restrepo | ©Catholic-Link | Tradução: Bento Oliveira, iMissio]