A honestidade. O que é?
O que é que entendemos por honestidade? O que é que entendemos realmente?
Nos últimos anos, para não dizer nas últimos decénios, com a "comercialização" do mundo, muito antes da chamada globalização, o conceito de honestidade, adquiriu uma significação muito ligada ao dinheiro e aos negócios. Neste sentido, honestidade é o não roubar, não cometer uma fraude, não enganar ou não ser corrupto. Porém, a honestidade é muito mais do que isto.
A honestidade está intrinsecamente ligada à verdade, ao dizer a verdade ou, pelo menos, ao dizer aquilo que pensamos ser verdadeiro. Estamos perante uma honestidade que vai para além das relações monetárias ou financeiras; estamos a falar de honestidade intelectual, de integralidade moral, de honradez, entendida como comportamento coerente em todas as escolhas que fazemos de acordo com as nossas convicções.
Ser honesto é ser fiel a si próprio a aos outros em qualquer contexto. Uma pessoa honesta não finge ser alguém que não é na realidade. Uma pessoa honesta sabe qual é o "trilho" a percorrer para ser feliz e não abdica dele. Ser honesto não é pensar uma coisa e afirmar outra. Está a ser desonesto consigo próprio e com o outro. A verdade é que estabelece da melhor maneira relações pessoais sólidas. Relações que nos enriquecem e enriquecem o outro. Relações que nos honram e honram o outro. E isso dá tranquilidade.
Por vezes, ser honesto implica magoar os sentimentos do outro. Mas sabemos, e os cristãos deveriam sabê-lo ainda mais, que a verdade é mais eficaz e menos dolorosa do que a mentira. A pessoa que não quer ser hipócrita, diz a verdade ainda que doa. Podemos procurar formas ou momentos diferentes de o dizer, mas não deixamos de o fazer. Ser honesto, também não é dizer tudo o que se pensa, mas dizer o que é importante e imprescindível, com a sensibilidade de quem busca o seu bem e o bem do outro.
Creio que, todos nós, temos ainda um longo caminho a percorrer na honestidade. Para isso precisamos der ser humildes, sinceros e verdadeiros. Ser honesto é responder à nossa condição humana.
«Exorto-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, a andardes de modo digno da vocação a que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros com amor, procurando conservar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz.» (Efésios 4, 1-3)
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