Chile e Peru. Papa não deixou nada por dizer
Francisco despede-se do Peru deixando uma mão cheia de apostas a partir da realidade deste país tão duramente afectado por calamidades naturais, ofensas aos direitos humanos, crime organizado e corrupção.
Com estes problemas em cima da mesa, Francisco foi à Amazónia ouvir os indígenas e clamar pelas seus direitos, foi ao palácio presidencial denunciar a praga da corrupção, pediu aos jovens para não se resignarem e aos bispos para não se fecharem nos seus gabinetes e conhecerem melhor os seus fiéis.
No Chile, mais secularizado, não houve banhos de multidão como no Peru e Francisco não escondeu as chagas do país nem da Igreja ao declarar a sua vergonha pelo dano causado a crianças por ministros da Igreja.
Recebeu em privado algumas vítimas, mas saiu do Chile em polémica por considerar inocente um bispo acusado de encobrir estes crimes.
Uma viagem realizada também a pensar nos dois próximos Sínodos: o dos jovens, já este ano, e o da Amazónia, marcado para 2019.
[Aura Miguel | ©RR]