Deus converta o coração dos terroristas

Vaticano 30 maio 2017  •  Tempo de Leitura: 3

Com o pensamento nas vítimas dos recentes massacres ocorridos no Egito e na Inglaterra, o Papa recitou o Regina caeli com os fiéis presentes na praça de São Pedro no domingo 28 de maio, solenidade da Ascensão.

 

Falando do atentado do dia 26 contra os cristãos coptas em Minya, o Pontífice expressou de novo «proximidade» ao patriarca Tawadros II e «a toda a nação egípcia» atingida por «mais um ato de violência feroz. As vítimas, entre as quais também crianças, são fiéis que iam a um santuário para rezar, e foram mortos porque não quiseram renegar a sua fé cristã». Os votos do Papa são para que «o Senhor receba na sua paz estas testemunhas corajosas, estes mártires, e converta o coração dos terroristas». Um apelo que o Pontífice renovou também «pelas vítimas do horrível atentado de segunda-feira passada em Manchester, onde muitas vidas jovens foram cruelmente interrompidas», assegurando que está «próximo dos familiares e de quantos choram a sua morte».

 

Precedentemente, evocando a página evangélica da Ascensão, o Papa afirmou que «a Igreja existe para anunciar o Evangelho». É exatamente esta «a alegria da Igreja», reiterou frisando que «Deus nos deu a grande dignidade e a responsabilidade de o anunciar ao mundo, de o tornar acessível à humanidade». Esta, acrescentou, «é a nossa dignidade, esta é a maior honra de cada um de nós, de todos os batizados».

 

«Nesta festa da Ascensão — exortou — dirigimos o olhar para o céu, onde Cristo subiu e está sentado à direita do Pai», enquanto «revigoramos os nossos passos na terra para continuar com entusiasmo e coragem o nosso caminho, a nossa missão de testemunhar e viver o Evangelho em todos os ambientes». Com a consciência de «que ela não depende antes de tudo das nossas forças, das capacidades organizacionais e dos recursos humanos», porque «só com a luz e a força do Espírito Santo podemos cumprir eficazmente a nossa missão de fazer conhecer e experimentar cada vez mais aos outros o amor e a ternura de Jesus».

 

No final da prece mariana, Francisco recordou também o dia mundial das comunicações sociais — exortando a rezar «para que a comunicação, em todas as suas formas, seja efetivamente construtiva, ao serviço da verdade rejeitando os preconceitos, e difunda esperança e confiança no nosso tempo» — e saudou um grupo de trabalhadores, desejando que as opções empresariais nunca sejam guiadas pelo mero lucro, mas respeitem os direitos das pessoas.

 

L'Osservatore Romano]

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