Francisco: «Cristãos chamados a ser presença viva na sociedade»
A passagem do Evangelho de São Mateus, na qual Jesus luta contra a hipocrisia de seus adversários que o elogiam, inspirou a reflexão do Papa no Angelus deste XXIX Domingo do Tempo Comum, quando recordou que Jesus sabia que queriam “colocá-lo em apuros ao fazer-lhe a pergunta insidiosa: ‘É lícito, ou não, pagar imposto a César?’”. “Porém Jesus, conhece a malícia e sai da armadilha. Pede a eles que lhe mostrem a moeda do imposto, ele a toma em suas mãos e pergunta: de quem é esta imagem impressa. Eles respondem que é de César, ou seja, do Imperador. Então Jesus responde: "Devolvei o que é de César a César e a Deus o que é de Deus".
Então o Papa explica:
“Com esta resposta, Jesus coloca-se acima da polêmica. Por um lado, ele reconhece que o imposto a César deve ser pago, porque a imagem na moeda é sua; mas, acima de tudo, ele lembra que cada pessoa traz dentro de si uma outra imagem, a de Deus, e por isso é a Ele, e somente a Ele, que todos estão endividados com sua própria existência”
Francisco pondera que nesta sentença “encontramos não apenas o critério da distinção entre as esferas política e religiosa, mas também diretrizes claras para a missão dos crentes de todos os tempos, até mesmo para nós hoje". Assim como o pagamento de impostos é um dever do cidadão, continua o Pontífice, o mesmo acontece com a afirmação da “primazia de Deus na vida e na história humana, respeitando o direito de Deus ao que lhe pertence”.
Presença viva na sociedade
Francisco pondera: “Disso deriva a missão da Igreja e dos cristãos: falar de Deus e dar testemunho dele aos homens e mulheres de seu tempo”.
Afirmando em seguida:
“Cada um, em virtude do Batismo, é chamado a ser uma presença viva na sociedade, animando-a com o Evangelho e com a força vital do Espírito Santo”
Fazendo um caloroso apelo aos cristãos: “Trata-se de comprometer-se com humildade e, ao mesmo tempo, com coragem, dar sua própria contribuição para a construção da civilização do amor, onde reina a justiça e a fraternidade”.
Que Maria Santíssima ajude a todos a fugir de toda hipocrisia e a serem cidadãos honestos e construtivos. E sustente a nós, discípulos de Cristo na missão de testemunhar que Deus é o centro e o sentido da vida”.