Mais de 4.300 cristãos foram mortos em 2018 devido às suas crenças

Notícias 17 janeiro 2019  •  Tempo de Leitura: 2

A Missão Portas Abertas francesa, uma Organização não Governamental (ONG), indicou esta quarta-feira que mais de 4.300 cristãos foram mortos no ano passado, a grande maioria na Nigéria, o que representa um aumento expressivo pelo sexto ano consecutivo.

 

Até outubro de 2018, pelo menos 4.305 cristãos tinham sido assassinados em todo o mundo devido às suas crenças, o que representa um aumento de 40% em comparação com os 3.066 mortos registados nos primeiros 11 meses de 2017.

 

A ONG publicou o seu relatório “index 2019”, no qual lista os “50 países onde os cristãos são mais perseguidos”.

 

Cerca de 90% das mortes ocorreram na Nigéria (3.731 mortes em solo nigeriano, contra 2.000 em 2017). Neste país, “os cristãos enfrentam uma dupla ameaça”, observou a ONG, referindo-se ao grupo jihadista Boko Haram e aos pastores Fulani.

 

Um total de 245 milhões de cristãos – católicos, ortodoxos, protestantes, batistas, evangélicos, pentecostais, cristãos expatriados, convertidos – são perseguidos, ou “um em cada nove cristãos”, contra um em 12 no ano passado, acrescentou a organização.

 

Por “perseguição”, entende-se tanto a violência cometida como a opressão diária mais discreta.

 

“O índice revela uma perseguição contra as minorias cristãs que aumenta de ano para ano. Em 2018 isto continua”, escreveu o diretor da Missão Portas Abertas, Michel Varton, no preâmbulo do texto.

 

Só num ano, “o número de igrejas visadas (fechadas, atacadas, danificadas ou incendiadas) quase duplicou, passando de 793 para 1.847”.

 

“O número de cristãos detidos aumentou de 1.905 para 3.150” no mesmo período, sublinhou a organização.

 

A Coreia do Norte está novamente no topo deste ‘ranking’ anual, tal como nos anos anteriores, embora não seja possível saber o número certo de mortes neste país devido à falta de “dados fiáveis”.

 

A ONG observa, no entanto, que “dezenas de milhares de cristãos (…) estão presos em campos de trabalhos forçados” na Coreia do Norte.

 

Seguem-se o Afeganistão, a Somália, a Líbia, o Paquistão, o Sudão, a Eritreia, o Iémen, o Irão, a Índia e a Síria.

 

Observador]

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