NATAL 2017

Liturgia 24 dezembro 2017  •  Tempo de Leitura: 2

Hoje é Dia de Natal.

É Dia de Jesus.

 

O Natal é um imenso caudal

De luz

E de alegria:

Hemorragia

De Jesus.

 

Há quem pense amansá-lo e enlatá-lo,

Domesticá-lo,

E depois tomá-lo em pequenos comprimidos,

Mais ou menos à razão de um por dia.

Mas o Natal não se pode comprá-lo

Ou aviá-lo por receita.

Nem cumprimentá-lo,

Quer com a mão esquerda quer com a direita.

 

O Natal não tem regra ou etiqueta.

Não se pode semeá-lo

Na jeira ali ao lado.

Não se pode trocá-lo

Por qualquer bugiganga à venda no mercado.

 

Este vendaval,

Que se chama Natal,

Só podemos deixá-lo entrar por nós adentro aos borbotões,

Até que rebentem os portões,

E caiam um a um todos os botões.

Também o mofo e o verdete que há nos corações

Serão levados na torrente,

E também tudo o que apenas é corrente,

Banal ou indiferente.

Só ficaremos mesmo eu e tu, menino,

Só mesmo nós os dois,

Lado-a-lado ou frente-a-frente.

 

 

Esta mensagem, e a roupagem com que se veste, não é passível de etiquetas rápidas. Só quer dizer Jesus da maneira mais bela que o sei fazer. Desejo a todos os meus irmãos e irmãs, sacerdotes, diáconos, consagrados e consagradas, fiéis leigos, doentes, idosos, jovens e crianças, emigrantes, das 223 Paróquias da nossa Diocese de Lamego, e da Igreja inteira, a todos e a ti também, um Santo Natal com Jesus sempre no meio e um Novo Ano cheio de muitos samaritanos em viagem. Portanto, digo hoje a cada irmão e irmã o que Jesus nos diz todos os dias: «Vai, e faz tu também do mesmo modo!».

 

Vem, Senhor Jesus, bate à nossa porta, encandeia a nossa vida, e conduz os nossos passos pelo caminho da Paz e do Carinho.

O Bispo D. António Couto publica os artigos no blogue Mesa de Palavras

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