Gooders. Recompensar as boas ações com descontos
Fazer o bem não tem preço, mas vai passar a dar recompensas. Esta é a proposta da Gooders, startup brasileira que nasceu para incentivar as boas ações através da atribuição de prémios a quem as faz, e que agora está a chegar a Portugal.
“A lógica da Gooders é a de recompensar quem faz boas ações através de pontos que depois dão acesso a benefícios em marcas parceiras”, explica Pedro Borges, que está a liderar a operação em Portugal.
Como é que funciona? Tudo começa com a prestação de trabalho voluntário, e da atribuição de uma recompensa a quem o faça. Esta recompensa tem um nome, ‘gooders’, e não é mais do que uma moeda virtual que pode ser utilizada em marcas parceiras.
Tudo funciona através da plataforma desta startup: “As ONG publicam sempre que tem necessidades de pessoas para determinados trabalhos voluntários. As pessoas voluntariam-se, prestam a ação, e são recompensadas com pontos. Depois vão utilizar os pontos em parceiros”, detalha Pedro Borges.
O ‘pagamento’ é feito de acordo com o tempo e recorrência dos serviços para que as pessoas que façam mais trabalhos possam ser mais recompensadas do que os voluntários mais esporádicos. Funciona tudo com base num algoritmo: por cada dez minutos de voluntariado recebe-se um ‘gooder’; uma hora equivale a 6 gooders. A plataforma arranca em Portugal já com parceiros. Por exemplo, a Dott e a ProdTo, duas parceiras, oferecem 5 euros de desconto por cada cinco ‘gooders’.
A empresa nasceu pela mão de Fábio Procópio, brasileiro, e de três amigos, que quiseram dar um empurrão ao voluntariado através da atribuição de prémios que estimulem a participação da sociedade em ações realizadas por Organizações Não Governamentais.
No Brasil, a Gooders já é uma verdadeira moeda social com recompensas desde em eletrodomésticos a bilhetes de avião. Tem 12 mil empresas registadas, 214 mil voluntários e várias parceiras como a McDonalds, Samsung ou IBM. “O objetivo para Portugal é que durante o ano que vem possamos igualar o que já temos no Brasil e tornar os pontos ‘gooders’ numa verdadeira moeda social”, diz Pedro Borges.
Para isso é preciso “trazer parceiros e dar conhecimento da marca”, diz o responsável que também é acionista deste projeto que arranca agora com “3000 ONGs” graças a uma parceria com a Bolsa do Voluntariado liderada por Isabel Jonet.
A empresa não se deve ficar por aqui – Portugal deverá ser a porta de entrada para uma expansão europeia.
[©Dinheiro Vivo]