Bom senso, bom senso, onde estás?
Fala-se muito da necessidade de haver bom senso, ou de se apelar ao bom senso. E confiamos tanto nesse ”bom senso” que volta e meia somos surpreendidos com o suposto ”bom senso” de alguns.
Mas afinal o que é isso de bom senso?
Ao que pude perceber o “bom senso” está relacionado com a sabedoria e sensatez que uma pessoa tem e que permite, numa situação específica, ela distinga qual a melhor ação tendo em conta aquilo que acha que está certo. Portanto é algo individual, intrínseco e meramente intuitivo, assente em valores morais que cada um desenvolve e que definem a sua atuação perante um desafio ou escola.
Assim, o que para mim é certo, para outro pode não ser e podemos estar ambas certas e ambas erradas. Será assim? Talvez.
Descobri, recentemente, que essa palavra é uma caixinha de surpresas pois aquilo que considero Bom senso, pode, e não é tão comum como acreditamos. O mundo está cheio de factos que comprovam esta discrepância entre o sentimento do que é bom senso.
E então? Vamos banir isto do dicionário? Se calhar vamos tentar pensar nisto com mais frieza.
Quando, perante uma decisão ou uma escolha, apelamos ao bom senso da pessoa, afinal apelamos a quê? No meu entender apelamos a que a pessoa olhe para todos os “bom sensos” que existem, opiniões, argumentos, pontos de vista e reúna a informação necessária para tomar uma “boa “ decisão que pode não agradar a todos mas que tenta reunir consenso. Mas isso implica que a pessoa, a quem é dada esse poder, tenha alguma maturidade, ou pelo menos, que se esforce para a trabalhar- sim porque implica treino e discernimento- sabedoria!
O que sei é que não devo confiar tanto no bom senso de cada um, mas trabalhar mais para melhorar a minha aplicação pessoal de “bom senso”. Noutros casos, não há nada a fazer: é ser mais assertiva sobre o que realmente considero ser importante!
E tu amiga, onde achas que faz falta bom senso?