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A julgar pela figura minúscula que surgia no fundo da rua, dir-se-ia que não tinha mais de dez anos. Caminhava em ziguezague. Tocava numa árvore, espreitava o lixo, subia a um banco de jardim e detinha-se sempre em frente das montras com produtos novos. De repente, avançava em passos rápidos para re
Batem-nos à porta, todos os dias, dezenas de pedintes que, de mansinho, contam histórias comoventes enquanto se instalam cabisbaixos em qualquer recanto da casa. Mas quando são contrariados, mostram-se altivos príncipes, senhores de muitas terras, que ameaçam pôr-nos fora da nossa própria casa. Outr
«Que pedis à Igreja de Deus para o vosso filho?» A resposta surge tantas vezes hesitante e distraída, como se fosse irrelevante, «a fé». Segundos depois, o ministro e os garantes traçam, em silêncio, sobre a fronte daquele para quem se pede o dom da fé, uma cruz.
A imagem sobreveio de novo quando reencontrei a expressão «Igreja como mãe» utilizada, mais uma vez, pelo papa Francisco, na última mensagem para o dia mundial das vocações. «Uma mãe», disse o sumo pontífice, «devemos amá-la, mesmo quando vislumbramos no seu rosto as rugas da fragilidade e do pecado
Com a ressurreição de Jesus mudou tudo. Mas continua a haver ainda tanto para mudar, como nos relembram as explosões que vitimaram mais de 250 pessoas no último dia de Páscoa, no Sri Lanka! Na celebração da vitória da vida sobre a morte, ainda há quem espalhe morte em seu redor. Em nome de quem e de
É-nos dada hoje a graça de ouvir a riquíssima página do Evangelho de João 21,1-19. A oposição luz – trevas atravessa de lés a lés o inteiro texto do IV Evangelho. A Luz verdadeira que vem a este mundo para iluminar todos os homens é Jesus (João 1,9). Sem esta Luz que é Jesus, andamos às escuras, na
Durante aquela noite, diz o evangelista, «os discípulos não apanharam nada». O mar era o mesmo: calado, misterioso, cheio de vida. Eles dominavam as técnicas ancestrais. Não havia razão para o insucesso. Mas era como se esse mar espelhasse o vazio de uma vida, numa noite que teimava em não acabar. N
Em 30 de abril do ano 2000, o Papa São João Paulo II consagrou o Domingo II da Páscoa como «Domingo da Divina Misericórdia». Compreende-se que, nesse mesmo dia, tenha canonizado a religiosa e mística polaca Santa Faustina Kowalska (1905-1938), primeira canonização do novo milénio, que, no seu Diário
1. Foi-nos dada a graça de nos reunirmos aqui, na Casa de Deus, nesta Sexta-Feira Santa, para celebrarmos, unidos de alma e coração à Igreja inteira, a Una e Santa, a Paixão do único Senhor da nossa vida, «Aquele que nos ama» (Apocalipse 1,5), Jesus Cristo.