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Na mais recente viagem a Israel com um grupo de paroquianos, visitei Kfar Kana, uma pequena aldeia, a noroeste de Nazaré, hoje habitada por cristãos e muçulmanos, lugar onde, segundo a tradição, Jesus realizou o milagre da transformação da água em vinho.
Passado o Advento e as Festas Natalícias, estamos agora no umbral do chamado «Tempo Comum» do Ano Litúrgico que, ao contrário do que se possa pensar, não é um «Tempo secundário», mas fundamental na vida celebrativa da Igreja Una e Santa.
Há mistérios que só desvendamos «depois», num prolongado «mais tarde», quando já desistimos de reformular pela milésima vez a velha pergunta. Nesse dia, com uma nova serenidade, a resposta surge como dádiva, naturalmente, gratuitamente. Nesse dia, mesmo numa idade muito avançada, descobrimos que
«Eu o vejo, mas não agora, eu o contemplo, mas não de perto: uma estrela desponta (anateleî) de Jacob, um cetro se levanta de Israel» (Números 24,17). Assim fala, com uns olhos muito claros postos no futuro, um profeta de nome Balaão, que o Livro dos Números diz ser oriundo das margens do rio
São modelo para quem explora e quem busca os magos que foram a Belém. Homens de olhares erguidos aos céus, desejosos de conhecer os mistérios da vida. Não se prenderam a amarras e partiram, simplesmente porque uma estrela os convidava a ir.
Oito dias depois da Solenidade do Natal do Senhor, que a liturgia oriental designa significativamente por «a Páscoa do Natal», eis-nos no Primeiro Dia do Ano Civil de 2019, tradicionalmente designado como Dia de «Ano Bom», a celebrar a Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus.
A solenidade da Sagrada Família é uma festa que incentiva a aprofundar o amor familiar, examinar a situação do próprio lar e buscar soluções que ajudem o pai, a mãe e os filhos a serem cada vez mais como a Família de Nazaré.
Leveza… ser leve como uma singela pena! Leveza… ter a leveza do vento, que é forte na tempestade! Leveza… o oposto da rigidez que se curva perante a Leveza de um Ser que sabe ser leve!