Ser bom não é ser parvo!
Temos tendência para gostar mais das pessoas boas ou daquelas que assim nos parecem. Há ainda quem acredite que este tipo de pessoas estão em vias de extinção. E há ainda quem julgue que ser bom é sinónimo de ser parvo. De dizer que sim a tudo e a todos. De não ter vontade própria nem entusiasmo. A bondade anda na boca das pessoas como um pedaço de lixo sujo. Não sei se sabemos assim tão bem o que é a bondade e o que é ser bom. Não sei se saberemos reconhecer nos outros essa qualidade se, na realidade, nem sabemos bem do que se trata. Mesmo assim, ser bom nem sempre parece estar na moda. Nem sempre parece bem visto. Talvez nos seja mais fácil acreditar que a bondade não existe, se não conseguimos viver uma vida a condizer com o bem. Afinal, ser bom é o quê?!
É, antes de tudo, respeitar aqueles que estão presentes na nossa vida. Os que conhecemos mal, os que conhecemos bem, os que nos são queridos e os que nem tanto. É sorrir para ter tempo de pensar antes de lançar uma palavra que pode ferir. É ver primeiro o bem nos olhos dos outros, até prova em contrário. É perceber que cada um de nós tem uma história que ainda não lemos. Não podemos assumir que as atitudes de cada um são premeditadas ou ofensas pessoais. Às vezes, são apenas consequências de muitas tristezas acumuladas. Ser bom é dar segundas oportunidades sem as cobrar depois. É aceitar que o outro pode magoar-nos. Porque também nós podemos ferir o outro. Ser bom é ter saúde de espírito para aceitar as fraquezas dos outros sem lhes desejar mal algum. A bondade não tem perigos. Basta-se a si mesma e não vem mascarada de coisa alguma. É aquilo exatamente. Custa-nos aceitar a bondade porque nos custa ser bons. Custa-nos não desejar que o outro sofra tanto como nos fez sofrer. Custa sorrir para a pessoa que nunca nos diz bom dia. Custa ser bom. Mas vale a pena. A bondade devolvida é sempre muito maior do que aquela que demos antes.
É por isso que acredito que:
Fazer o bem é sempre melhor do que fazer qualquer outra coisa.