O Papa: que haja paz nas famílias e unidade na Igreja

Vaticano 4 maio 2020  •  Tempo de Leitura: 3

Rezemos hoje pelas famílias: neste tempo de quarentena, a família, trancada em casa, busca fazer muitas coisas novas, muita criatividade com as crianças, com todos, para seguir adiante. E tem também outra coisa, que às vezes se tem a violência doméstica. Rezemos pelas famílias, para que continuem em paz com criatividade e paciência, nesta quarentena.

 

Na homilia, o Papa comentou a passagem do dia Livro dos Atos dos Apóstolos(At 11,1-18) em que Pedro, repreendido pelos irmãos ainda atrelados às normas mosaicas por ter comido numa casa de pagãos, conta que o Espírito Santo desceu também sobre eles. Pedro – afirmou o Santo Padre – o fizera porque o Espírito Santo o tinha guiado. Mas na Igreja – observou Francisco – há sempre esse sentir a si mesmos justos e considerar os outros pecadores. Essa é uma doença da Igreja que nasce das ideologias. É um pensar mundano que se faz intérprete da Lei. São ideias que criam divisões, a ponto que a divisão se torna mais importante do que a unidade. O Senhor quer a unidade.

 

No Evangelho (Jo 10,11-18), Jesus afirma que tem também outras ovelhas não são deste redil e também a elas deve conduzir. Escutarão a sua voz, e haverá um só rebanho e um só pastor. Diz ser pastor de todos: grandes e pequenos, ricos e pobres, bons e maus. Veio para todos, morreu por todos. Também pelas pessoas que não creem n’Ele ou são de outras religiões: veio para todos. Temos um só Redentor. Todavia, a tentação é dizer eu sou desta ou daquela parte. As diferenças são lícitas, mas na unidade da Igreja. Temos todos um só pastor, Jesus. Que o Senhor nos liberte da psicologia da divisão e nos mostre que somos todos irmãos em Jesus – foi a oração conclusiva do Pontífice.

 

O Papa convidou aqueles que não podem comungar sacramentalmente a fazer a Comunhão espiritual com a seguinte oração:

 

Aos vossos pés, ó meu Jesus, me prostro e vos ofereço o arrependimento do meu coração contrito que mergulha no seu nada na Vossa santa presença. Eu vos adoro no Sacramento do vosso amor, a inefável Eucaristia. Desejo receber-vos na pobre morada que meu coração vos oferece; à espera da felicidade da comunhão sacramental, quero possuir-vos em Espírito. Vinde a mim, ó meu Jesus, que eu venha a vós. Que o vosso amor possa inflamar todo o meu ser, para a vida e para a morte. Creio em vós, espero em vós. Amo-vos. Assim seja.

 

O Santo Padre terminou a celebração com adoração e a bênção eucarística. Antes de deixar a Capela dedicada ao Espírito Santo, foi entoada a antífona mariana “Regina caeli”, cantada no tempo pascal:

 

Rainha dos céus, alegrai-vos. Aleluia!

Porque Aquele que merecestes trazer em vosso seio. Aleluia!

Ressuscitou como disse. Aleluia!

Rogai por nós a Deus. Aleluia!

D./ Alegrai-vos e exultai, ó Virgem Maria. Aleluia!

C./ Porque o Senhor ressuscitou, verdadeiramente. Aleluia!

 

Vatican News é um serviço informativo realizado pelas mídias da Secretaria para a Comunicação da Santa Sé.

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