Onde há guerra haverá paz
A missão é dura. Tão dura que por vezes nos tira o tapete dos pés. Entregar a nossa vida, seguir o nosso caminho leva-nos por vezes até obstáculos que julgamos impossíveis de atravessar. Da mesma forma, perante a morte e crucificação de Jesus muitos ficaram incrédulos perante o anúncio da ressurreição de Cristo. Lembremo-nos que “Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. Disseram-lhe, pois, os outros discípulos: Vimos o Senhor. Mas ele disse-lhes: Se eu não vir o sinal dos cravos em suas mãos, e não puser o meu dedo no lugar dos cravos, e não puser a minha mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei. (Jo 20, 24-25). Também nós em alguns momentos da nossa vida somos incrédulos como São Tomé e achamos impossível que onde houve tanto sofrimento, tanta dor e até morte possa agora existir vida.
“A incredulidade de Tomé é mais útil à nossa fé do que a fé dos discípulos que acreditam» escreveu o Papa São Gregório. Tal como Tomé somos muitas vezes incrédulos perante o sofrimento humano, perante as guerras, perante as feridas do mundo. Tal como ele muitas vezes precisamos de tocá-las e reconhecer que Deus está ali. Deus também está ali. Confiemos. Confiemos que tal como depois da morte e crucificação de Jesus houve a ressurreição também todo o sofrimento, toda a tristeza e toda a guerra um dia terá o seu final. Não há impossíveis para Deus. Não há onde nos possamos ocultar do Seu amor.
Quando o caminho for árduo, a missão for dura e demasiado pesada de levar lembremo-nos que Deus caminha connosco, está ao nosso lado. Façamos a oração parte do nosso caminho, parte da nossa vida e a respiração da nossa alma. A oração é a força que nos faz passar de lagartas a borboletas. Rezar é a força que faz o impossível ficar possível. Entregando-nos à oração percebamos que como canta a márcia “Onde vês o sol haverá chuva. Onde avançar a febre, haverá cura. Onde há guerra haverá paz.”