A dureza da vida por vezes faz-nos cair. A vida por vezes é tão injusta. Tanta é a violência que nela habita. Tanta a injustiça. Quantas crianças nascidas no meio de guerras? Quantas lágrimas e quanto sangue inocentem derramados por políticas e leis injustas? Cada criança que morre é um mundo que se perde. Quantas crianças soldados? Quantas pessoas em campos de refugiados que não sabem se vivem um dia mais?

Não escolhemos quem somos, onde nascemos, quando nascemos, nem quem é a nossa família. A vida é sempre um jogo de sorte ou azar. Nascer na síria, na índia, na Somália ou em Portugal infelizmente ainda faz diferença. Há leis injustiças que violam os direitos humanos. Há guerras políticas. Há por este mundo fora um tal rasto de destruição e de corrupção. Que no meio de todo este cenário que pinta a terra a cinzento e negro nos perguntamos: e eu? Que posso fazer? Como posso ser a diferença?

Há uma frase de Mahatma Gandhi que acompanha o meu caminho: “Sê a mudança que queres ver no mundo”. Queres paz no mundo? Começa a apaziguar-te e erradica a violência da tua vida. Queres justiça e igualdade? Sê justo para as pessoas que te rodeiam tratando-as de forma igual. A verdadeira mudança começa em nós, no nosso mundo interior. As mudanças ocorrem de dentro para fora. Comecemos a conquistar a paz no nosso coração. Comecemos por apaziguar todas as nossas lutas, invejas, raivas e ódios interiores. Comecemos por nós. Começa por ti.

“a única coisa que precisamos para que o mal vença é que as pessoas do bem se calem” (Martin Luther King) Começar por ti é também saber que há sempre algo que podemos fazer. Podemos sempre denunciar injustiças. Que nada ou ninguém nos cale. Façamo-nos ouvir. Não liguemos àquela vozinha que nos repete que somos só mais um, que não vai fazer a diferença e que nunca vamos acabar com os problemas do mundo. Juntemos a nossa voz à de tantos outros e juntos caminharemos para um mundo mais pacífico, mais junto e mais cheio de amor. Caminhemos juntos com amor e para o amor. Caminhemos juntos para um mundo onde possamos viver bem e felizes todos juntos de todas as nacionalidades, sexualidades, espécies, raças, idades, cores e características. Lembremo-nos que o amor simplesmente é.