Missão é revoltar-se por amor
A vida, o mundo tal e como são não me chegam. Não me chega o que tenho. Quis Deus que a minha estabilidade fosse caminhar por querer sempre mais. Mais amor. Mais justiça. Mais perdão. Mais misericórdia. Mais paz. Mais silêncio. Mais saúde. Mais direitos humanos. Sempre quis mais e sempre hei-de querer. Sempre me revoltei com o mundo. Até descobrir que não era o mundo eram as pessoas. As pessoas e o quão longe ainda estão da revolta para o amor e do amor.
Cansa-me a guerra. Cansa-me a injustiça e só descanso quando me (re)volto e me ponho a caminho para “mudar a pessoa que vejo ao espelho” (Micael Jackson) e ser parte da revolta do amor e para o amor. A missão é a minha resposta à revolta diária que sinto dentro de mim. A missão é o meu grito de Ipiranga às impossibilidades e descrenças de um mundo com mais amor. A missão pôs-me a caminho para amar. A todos e a qualquer um. Pôs-me a caminho para distribuir abraços de urso, fazer cafuné, ser porto de abrigo e deixar-me estar com a mesma tranquilidade e silêncio que sou. Tudo o que sonho é o amor. Nada mais. Tendo o amor tenho tudo. Por isso tenho sempre tudo e em todo o momento. Também é por isso que me revolto e sempre me hei-me revoltar. Porque a missão mostrou-me que o amor é real e possível e não um sonho. Basta crer e querendo fazer acontecer, ser a mudança que queres ver no mundo (Mahatma Gandhi).
Porque o amor é quem e o que me faz levantar da cama todos os dias e acreditar no milagre da vida, nas pessoas - com mas, ses, ainda que e apesar de. E, por isso é também o amor que sempre me fará querer mais de mim e de nós, que em conjunto somos o mundo. O amor será sempre o que me fará (re)voltar. Sempre. O amor não me cansa e d’Ele, o Amor, não precisa de descanso. Diz Fernando pessoa que “quem tem alma não tem calma”. O que ele não descobriu que só existe alma com calma. Ter calma é ter alma. Calma é a velocidade e o caminho, a estrada da alma, ao amor.