Partindo ao encontro da felicidade
Quantos de nós se deixa ficar por medo de partir? Quantos de nós se deixa estar, se deixa acomodar por medo de fazer diferente? É, partir dá medo, faz-te sentir as tuas inseguranças ao máximo. Dá um friozinho na barriga e faz-te duvidar de tudo. Partir não se trata sempre de mudar de país, ir em missão ou ser voluntário. Partir trata-se de seres tu ainda que com medo de errar. Trata-se de ser tu ainda que com todas as tuas fraquezas e inseguranças.
Partir não se trata somente da adrenalina de fazer diferente, mas sim do respeito e do cuidado de ti. Trata-se de respeitares o que és, o que sentes. Trata-se de te ouvires. Trata-se de levares a tua felicidade a sério, de levares os teus sentimentos a sério. Não se trata de dar, de partilhar ou entregar. Trata-se de ser. O que és? Quem és? O que sonhas? O que amas? O que vives?
Partir começa quando enfrentas o medo e te fazes perguntas. Partir começa quando te despes do mundo e te encaras ao espelho tal e como és. Talvez isso mostre o que tentas esconder e te faça enfrentar os monstros do armário e outros dos quais nem sabias a existência.
Partir trata-se de deixar tudo. Trata-se de voltar à semente, à tua semente, ao teu cerne e de te atreveres, de ousares colocar-te em terra fértil. E simplesmente ser e sendo, ser plenamente feliz. Não se trata de fazer coisas. Trata-se de ser. Trata-se de te amares e amares o mundo de volta como retribuição simplesmente sendo quem és.
Pelo caminho vais-te esquecendo do medo que tinhas de perder e vais-te permitindo encontrar-te. Vais-te permitindo ser encontrado. Pelo caminho vais sentir e viver que basta simplesmente ser tu e que sendo e amando tudo está bem, tudo fica bem. Pelo caminho percebes que estavas errado quando um dia te pensaste imperfeito, incapaz e incompleto. Com o caminhar compreendes que todos somos seremos imperfeitos e defeituosos quando nos forçamos a fazer parte. Como diz Yrsa Daley-Ward “Se tens que dobrar para caber então essa não é a forma correta” Então sejamos ousados e persistentes para não desistirmos de encontrar a nossa forma, o nosso lugar onde baste ser, basta amar para ser feliz.