Todos podemos ser missionários desde a nossa realidade, com tudo aquilo que temos e somos. Não precisamos de partir, nem de viajar. Só precisamos de ser nós, só precisas de ser tu. Só precisamos de realmente começar a olhar uns para uns outros. Só precisamos de realmente começar a importar-nos com quem está ao nosso lado, com quem caminha connosco. Com quantas pessoas nos cruzamos diariamente? Com quantas pessoas nos encontramos? Com quantas pessoas vivemos? Sabemos realmente como está a sua vida, como está o seu coração? Comecemos por olhá-las, por cuidá-las. Tornar o dia de alguém um pouco melhor é o início para tornar a vida de alguém um pouco melhor.

Ser missionário é cuidar, é querer saber como vai. Não é só querer ajudar, é sobretudo permanecer disponível para servir, para estar e ser. Ser missionário é ser frágil é ser de carne e osso, é ser humano. Ser frágil é ir mesmo a tremer de medo e de insegurança. É chorar quando nos contam uma história triste. É controlar o riso quando alguém nos conta a sua última aventura. É ir visitar ao hospital, em casa, na igreja, é levar amor, sorrisos e abraços aonde quer que sejam necessários.

Ser missionário é ir atrás do amor. É dar amor aonde quer que vamos. É ir, é levar-nos inteiros aonde quer que vamos, onde quer que estejamos. Ser missionário é viver. É caminhar com o povo, é ser com o povo. Ser missionária é ser vizinha. Não é só partilhar alegrias e tristezas mas sim viver as histórias com cada uma das pessoas. É chorar juntos e sorrir em conjunto até nos doer a barriga. É ser em conjunto. Não é rir das mesmas coisas. Nem é saber as histórias de vida de todas as pessoas, mas é sim estar de braços abertos, coração disponível e ouvido atento. É perceber as palavras que ficam por dizer, as inquietações e medos que ficam por contar. É pensar com o coração e sentir com o corpo. É não ter medo de dizer e expressar o quanto Deus nos ama de forma única, especial a cada um de nós e ao mundo. É tentar ser em cada dia, o anúncio vivo do amor de Deus.