Permanecer no amor

Crónicas 3 maio 2021  •  Tempo de Leitura: 2

Jesus apresenta-se como a verdadeira videira e nós os seus ramos, sendo o Pai o agricultor. Quem permanece unido a Ele, dá fruto e fruto em abundância. Permanecer em Jesus, é responder sim ao amor.

 

Por vezes, não é fácil ser um ramo que dá fruto, pois existem obstáculos que se atravessam e nos fazem ficar mais fracos. Mas o amor de Jesus dá-nos força e vigor.

 

Permanecer no amor de Jesus é viver plenamente feliz!

 

Devemos sempre permanecer em Jesus e fazer com que os outros permaneçam em nós. Pois só nos ajudando, uns aos outros, podemos crescer e dar fruto. Todos devemos estar unidos, de forma a que nenhum se perca.

 

Para que os outros permaneçam em nós, temos de saber amar, acolher e dar sem esperar em troca. Criando assim um ambiente respirável, saudável e limpo. É como quando recebemos alguém em nossa casa, queremos que tudo esteja limpo e de bom grado, de forma a que um dia volte. Quando nos sentimos bem recebidos, queremos sempre voltar. A forma mais bonita de mostrarmos amor aos outros, não é apenas com palavras, mas com gestos e ações.

 

Quando vamos em missão, aquilo que nos é pedido é que, deixemos de lado a nossa vida “europeia” e nos deixemos levar pelo país que nos acolhe. Só assim a experiência de sairmos de nós mesmos, acontece. E só quando saímos de nós, é que conseguimos ver e sentir o outro. E então a experiência é única. Pois todas as nossas ações são de amor e entrega total. Assim sentimos o amor de Jesus na sua plenitude.

 

Pois já São João dizia “não amemos com palavras e a língua, mas com obras e em verdade”.

Nasci em 1982, a 4ª filha de 6 irmãos. Natural de Sobrado, Valongo. Sou escriturária de profissão.

Somos uma família católica e, os meus pais, sempre nos guiaram no caminho de seguir Jesus, frequentando a catequese e a Eucaristia.

Desde cedo quis ser catequista e quando terminei o percurso catequético, fui catequista. Hoje ainda sou, para além de participar noutros grupos paroquiais.

Sempre tive vontade de partir em missão, muitas vezes o medo ou a insegurança, fizeram me recuar. Não sou pessoa de ter coragem, de dar o primeiro passo. Mas, sempre que via reportagens ou artigos sobre pessoas que partiam em missão, o meu coração “contorcia-se”. Eu sabia que tinha que ir. Em 2017 surgiu a oportunidade de embarcar numa missão para o Uganda e depois em 2018 para Moçambique.

Nestas experiências percebi e aprendi, que sou mais feliz quando faço os outros felizes. Que com pouco posso fazer muito. Não existem barreiras que nos dividam com ninguém.

Ali aprendi quem é o meu próximo! Se o podia ter descoberto aqui na minha paróquia? Claro que sim. Mas estas missões servem para sairmos de nós mesmos e sentirmos a necessidade de ir ao encontro do outro. Num contexto social diferente os nossos olhos “transformam-se” e aprendemos a ver doutra forma.

Posso dizer que fui muito feliz!

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