Adubar a vida com a simplicidade
Breves ou longos, todos os caminhos exigem um início e cabe-nos a nós saborear as veredas que percorremos, sem apressar o fim. E é a possibilidade do que podemos contemplar pelo caminho fora que nos dá a oportunidade de nos encantarmos com as pequenas coisas.
A simplicidade sempre foi grande e encantadora. Nada há mais elegante que a ornamentação da simplicidade. E é esta que nos aponta para o essencial, para uma vida sem cosmética nem artefactos, sem adereços. Precisamos urgentemente de beber desta fonte pois é esta que permite a proximidade, a confiança, o diálogo aberto e franco, a transparência.
Tudo o que nos afasta da simplicidade afasta-nos da própria Vida. Esta é despida de marcas e números, mas prenhe de autenticidade. Não acontece por magia, mas é fruto de uma decisão diária e de uma resposta ao que realmente queremos ser com a vida que nos foi entregue.
O princípio e o fim da vida são momentos de despojamento e simplicidade: a nudez do nascimento e o suspiro do desprendimento. Porque não decidirmos assim ser em toda a toda vida!?