Medo
Muitas vezes, somos confrontados com situações que nos causam medo. Situações essas que não conseguimos evitar, mas com as quais aprendemos a lidar.
Em todas elas perguntamos “porquê?”. Seja numa situação mais ou menos grave, queremos sempre saber as razões do sucedido. Mas a pergunta principal devia ser, o porquê do medo. Procurando no dicionário, encontramos vários significados, como por exemplo, “estado emocional resultante da consciência de perigo ou ameaça” ou ainda, “ausência de coragem”.
Quando escutamos alguns evangelhos, a palavra “medo”, surge por diversas vezes. Este domingo escutamos, o medo dos discípulos perante a tempestade no mar, enquanto Jesus dormia serenamente. No coração daqueles homens, existiam várias interrogações e muitos medos. Em alguma altura, eles sentiram-se sós, pois Jesus “dormia” enquanto eles lutavam contra a tempestade. Mas isto é o resultado da pouca fé, porque se eles tivessem a fé bem vinculada, saberiam que Jesus nunca os abandonaria, pois prometeu estar sempre com eles.
O caminho cristão, que é um caminho de constante missão, não é um caminho suave e reto, sem nada a importunar ou a fazer recuar. Pelo contrário, é um caminho com “tempestades” que nos fazem vacilar e querer desistir, mas quando a fé é firme, como a casa construída sobre a rocha, nada nos abala, nada nos afasta da nossa missão.
Somos, portanto, convidados a sentir a presença de Jesus sempre, mesmo que, por vezes, pareça silenciosa. Sempre que, sentirmos que o medo nos está a atrasar, devemos lembrar-nos que Jesus está sempre connosco e nada nos fará vacilar.
Sentir a sua presença é sinal da força da nossa fé. Não tenhamos medo de o anunciar, mesmo que o ”vento” ou o “mar” nos tentem parar!