A nossa vida é feita de escolhas realizadas e de decisões por tomar. Somos uma dúvida constante expressa nas opções que fazemos.

Por estes dias, muitos alunos terminam o ensino secundário. Foram afixadas as notas dos exames nacionais e é altura de tomar a decisão que, provavelmente, ditará grande parte das suas vidas. Porém, enquanto uns têm bem firmes as suas certezas e, neste momento, começam a despontar as suas esperanças, outros continuam na dúvida, marcados pela indecisão ou até pelo receio.

Entre as muitas opções de caminhos possíveis, apenas um será possível. Porém, entre as muitas possibilidades que o Ensino Superior Português oferece, duas delas parecem permanecer na sombra, escondidas, à espera que alguém as encontre.

"Teologia? Mas isso é um curso?" ou "Teologia? Mas isso não é só para padres?"

"Ciências Religiosas? Mas isso serve para fazer o quê?"

Questões válidas pelo desconhecimento que habita em muitos de nós, mas questões desnecessárias pelos tempos que vivemos.

Todos queremos o melhor para nós e para os nossos e, por isso mesmo, nos últimos anos criou-se o mito de que todos temos de ser médicos, advogados, engenheiros ou até mesmo astronautas. Super heróis não, pois seria colocar a vida em perigo. Jamais pescadores, assistentes sociais, gerontólogos ou até mesmo professores. Se a “triste” opção for esta última, então que a escolha não passe pela disciplina de EMRC... ou melhor, o que é isso?!

A Educação Moral e Religiosa Católica é e deve ser uma opção tão válida quanto as outras, digna de discernimento e merecedora de um sim. Um sim responsável, humilde e ousado. Um sim que não deve ser certo, mas que deve dar espaço ao desconhecido e uma oportunidade ao incerto. Um sim que deve ser nosso e nosso para o outro. Um sim que seja reflexo de um passado que é nosso e projeção de um futuro que será de outros.

Pois sempre que me perguntam "porquê Ciências Religiosas?"...

Respondo e responderei "porque não Ciências Religiosas?".