Pedra – Julgamento ou Perdão
Se procurarmos no dicionário, o significado de “pedra”, encontramos por exemplo “pedaço de uma substância sólida e dura”. Mal escutamos esta palavra, percebemos que é algo duro e que (atirado) pode magoar. Por essa razão, muitas vezes, usamos para definir o coração daqueles que não sabem amar, dizemos mesmo que têm um coração de pedra.
Segundo a lei de Moisés, quem cometia algum pecado grave, devia ser apedrejado até à morte. Ainda nos dias de hoje, ouvimos relatos de pessoas que foram apedrejadas, porque cometeram adultério. Ainda hoje, as pedras são armas de arremesso que magoam e matam.
Mas quem somos nós para julgar e executar o outro? Continuamos a olhar para o cisco do olho do outro e não vemos a tranca que está no nosso? Continuamos a apontar o dedo, sem antes fazermos o nosso exame de consciência e perceber que sou tão, ou mais, pecador que o outro?
De que serve apontar os erros dos outros, se não temos coragem de corrigir os nossos? É mais fácil “elevar” os erros dos outros, para que ninguém repare nos nossos.
Quantos de nós temos pedras na mão para atirar? Quantos de nós, nos julgamos superiores? Até que ponto pode ir a nossa “dureza” de coração? Não nos sentimos livres, quando nos perdoam? Porque não somos capazes de perdoar?
Pobres pedras que, por serem sólidas e duras, são usadas como armas em vez de forma de Paz e união. Não são as pontes contruídas com pedras? Não são as nossas casas feitas de pedra? Jesus não disse que era sábio aquele que constrói sobre a rocha? Porque era uma construção firme e inabalável? Então porque usamos, aquilo que Deus nos deu, para criar guerra em vez de Paz e conforto?
Não usemos as pedras para construir muros à nossa volta, mas para construir pontes que nos leve ao encontro dos outros!