A indiferença é maldade
O mal luta muito para que não façamos o bem. O mal não nos quer mortos, quer-nos moribundos, incapazes de ser bons. É este o seu objetivo e troféu: aniquilar o herói que cada um de nós é, mantendo-nos em ação… até para que sirvamos de modelo a outros.
Não olhes para as coisas profundas de forma superficial. Não deixes que qualquer hábito te faça desvalorizar o que é importante. Que a distância às dores mais terríveis nunca seja razão para te sentires aliviado.
O amor que dá sentido à existência não é apenas o amor romântico por alguém especial, ao lado de quem nos sentimos no céu. É sim amar toda a gente, cuidar de qualquer pessoa que esteja próxima de nós.
Amar não é amar um só, nem amar apenas os que nos amam, nem sequer amar os que nos perseguem, é mais do que isso: é amar todos, sem exceção. Não julgar, amar. Amando sem limites a pessoa que está ali, próximo, com todas as suas imperfeições e fraquezas.
Se o amor fosse apenas para quem o merece e sendo ele tão bom, então talvez nenhum de nós tivesse a ele direito, sendo mais justo que fossemos condenados a viver no inferno dos nossos egoísmos.
A indiferença é a forma como o mal está a conquistar o mundo. Anestesiando-nos a todos. aconselhando-nos a julgar de forma superficial o que há de mais sério, insensibilizando-nos através da exposição repetida das mesmas maldades até as acharmos normais, convencendo-nos de que a dor dos outros não é nossa e que o melhor é afastarmo-nos, agindo como se não a víssemos.
Não desistas de descobrir com o teu olhar e de amar com o teu coração aqueles que são invisíveis para quase toda a gente. Não estão longe. São esses que tens aí mesmo ao teu lado. Sim, esses. Os que vivem contigo, os teus vizinhos, os teus amigos e os teus colegas de trabalho. Os desconhecidos que cruzam a sua vida com a tua. Ama quem estiver próximo.
O amor só vencerá a indiferença em ti se tu deixares.
Na verdade, talvez tu sejas melhor do que julgas. Porque se és capaz de amar, então és capaz de tudo.