O que te traz o vento?

Crónicas 13 dezembro 2024  •  Tempo de Leitura: 2

Ninguém sabe de onde vem o vento, nem para onde vai. É livre e jamais se deixa aprisionar. Quem o ama aceita-o assim. Desejar possuí-lo é um delírio. Podemos escutá-lo e até falar-lhe, mas é impossível vê-lo. Vemos o que faz, mas não o vemos a fazer coisa alguma. Assim também é o amor.

 

Procura ser como o vento: não procures atenção para ti, mas dedica-te a criar obras de valor. As verdadeiras qualidades de alguém não são herdadas ao nascer, e nem mesmo a educação mais cuidada pode garanti-las. O teu valor dependerá sempre daquilo que fores capaz de fazer com toda a liberdade que te é dada.

 

Que o teu coração sopre sem esperares nada em troca daqueles a quem dás alento.

 

Valoriza muito quem caminha contra o vento, porque esses são os que buscam a fonte do amor verdadeiro. Desconfia de quem se aproveita apenas e, sem esforço algum, se deixa levar pelo vento que tu sopras.

 

A elevação de alguém depende de como lida com o amor recebido e de como enfrenta as adversidades e fracassos da vida.

 

Se um sonho for superficial e insignificante, o tempo, como o vento, o extinguirá. Se tiver sentido e profundidade suficiente, o tempo, como o vento, fará com que cresça e incendeie o mundo ao seu redor.

 

O vento traz-me o sopro que me dá a vida. Não sei de onde vem nem para onde vai, mas sei que espera que eu o sinta e aproveite a sua força para concretizar o que, com toda a liberdade, eu sonhar.

Artigos de opinião publicados no site da Agência Ecclesia e Rádio Renascença.

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