Não escolhemos o ponto de partida

Crónicas 7 março 2025  •  Tempo de Leitura: 2

Cada um de nós tem na sua vida vários problemas, mas serão sempre uma combinação única, como nós. Alguns passam os seus anos com poucas dificuldades, outros vivem a navegar tempestades, grande parte do tempo como náufragos a tentar apenas sobreviver.

 

Todos merecemos amar e ser amados a 100%. Todos. Apesar disso, uns estão perto de o alcançarem, outros bem longe. Alguns já o têm, outros estarão tão perdidos e que nem esperança têm de chegar a viver da forma para a qual foram criados.

 

Ninguém escolhe as suas circunstâncias. Nem aquelas em que teve de viver, nem as atuais, nem tão-pouco as que terá de enfrentar. Mas se nunca podemos escolher o local onde estamos e de onde deve começar a nossa próxima etapa em buca da felicidade, a verdade é que nos cabe uma decisão muito mais importante: pormo-nos a caminho. Dar o primeiro passo. Ir.

 

Ainda que tudo à minha volta esteja de forma muito injusta a dificultar-me a existência, devo seguir adiante, rumo àquela terra e àquele tempo que a minha esperança promete e que me dá a provar em sonhos. É uma arma poderosa, esta fé que é certeza.

 

Estranho é que tantas vezes é quando estamos quase a chegar que as dificuldades se multiplicam para nos frustrar as expectativas.

 

Na verdade, nenhum caminho é fácil, porque implica deixar para trás muitas coisas boas.

 

Somos do tamanho dos obstáculos que superamos por amor. É diante das adversidades que nos revelamos, ao mundo, aos outros e a nós mesmos.

 

O segredo talvez seja não ir sozinho. Podemos estar mais longe que todos, mas se tivermos com quem ir, isso dá-nos uma força e uma paz que nos permite experimentar, a cada passo, o céu para o qual nos dirigimos e ao qual, mais tarde ou mais cedo, havemos de chegar!

Artigos de opinião publicados no site da Agência Ecclesia e Rádio Renascença.

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