XXXII Tempo Comum: «Senhor, Bom Pai…» | Ano B
«… um punhado de farinha na panela
e um pouco de azeite na almotolia»
Senhor, Bom Pai…
Neste despir de coração com que me envolves, tudo vês.
Conheces tudo o que me habita.
Queres somente que me apresente uma única vez, por inteiro,
e até à plenitude dos tempos com o coração puro.
Em Ti… paro!
Enumero os prós e os contras.
Preparo a tese… redijo a infinita lista!
Em silêncio…
E numa insensatez sem medida, avalio a minha Vida:
o que tenho, que és Tu quem mo dás…
o que dei, dou e quero dar…
Fecho os olhos e ouço a ecoar:
O escasso punhado de farinha é capaz de matar a fome,
quando a panela aceita consumir-se no fogo…
A almotolia é pequena e leva pouco azeite.
E do pouco, ambiciono sempre guardar algum!
…
Hoje, nesta hora onde o medo se apodera dos meus pensamentos,
peço ao Santo Espírito que me aniquile a falta de coragem.
«Não temas; volta e faz como disseste.»
E do profundo do meu ser, um grito me liberta da minha avareza:
“Ó minha alma louva o Senhor”
Senhor Jesus
é o Teu único e derradeiro Sacrifício que dá sabor à minha vida.
És o Pão Vivo que me sustenta…
que me faz bem aventurada e pobre em Espírito.
Senhor do Amor,
num caminhar errante
levo Jesus a Todos e Todos a Jesus.
Estou pronta a ser como a viúva, que não quer grandes banquetes,
e oferece tudo, tudo, tudo o que tem, sem ansiar o dia de amanhã.