V Quaresma: «Vai e não tornes a pecar!» | Ano C
Senhor, Tu que fazes grandes maravilhas,
escuta-me…
guia-me…
perdoa-me!
Tu sabes que…
A dureza do pensamento atraiçoa a humildade do coração.
A frieza das palavras abandona a pureza da boca.
A maldade dos gestos condena a justiça dos abraços.
As trevas de tudo o que fica por fazer, por dizer, por desejar afoga a Alma.
E tudo isto… é pecar!
Eu sei que…
Sempre que permito a vitória do mal,
perco a oportunidade de edificar algo novo!
Ao renunciar ao Teu Amor (sem lei) que ilumina o meu caminho,
não encontro Cristo…
Não O levo aos outros, nem trago os meus irmãos até Jesus…
Perco a Esperança e sigo sem Fé numa justiça que é só minha!
Para que servem as pedras que atiro,
(em direção à maldade que vejo alguém fazer)
quando não dou o meu próprio corpo, a minha vida,
para salvar da escuridão quem faz o mal?
Esta lógica, que é só Tua, Senhor,
(de amar aquele que não ama)
que faz brotar do deserto água fresca e mata a sede a todos, todos, todos,
surpreende-me no meu incessante pecar.
São pequenas coisinhas… Silêncios prolongados…
Olhares que condenam… ouvidos que não escutam gritos de dor…
Pés que permanecem parados perante qualquer tipo de violência…
Mãos que não semeiam e podam ramos sem piedade…
Palavras ocas sem sabor, porque não se expressam em gestos de Amor!
Hoje… sempre o agora… o neste preciso momento…
Escarnecida e cansada… culpada… eterna pecadora…
sem saber como me converter de forma benigna e misericordiosa,
ao Teu caminho de felicidade plena… ao Teu olhar de amor…
Anseio, Meu Senhor e meu Deus,
entender o Teu infinito Perdão e cumprir o Teu árduo pedido:
«Vai e não tornes a pecar!»