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Cada celebração tem uma tonalidade própria e obedece a um conjunto de ritos, gestos simples e significativos, através dos quais diversas pessoas são congregadas como se fossem partes de um só corpo, animadas pelo mesmo espírito. A celebração, com o seu ritual constante e bem definido,
«Para vós, Senhor, elevo a minha alma» (Salmo 25,1). Antífona do Cântico de Entrada que inaugura a celebração eucarística do Advento, do Ano litúrgico, do Ano inteiro. Aponta a atitude a assumir pela Assembleia fiel e orante: a oblação permanente, a oração constante.
Parados… estaticamente, a olhar para o sinal STOP que nos manda petrificar perante um cruzamento. Parados… com uma vontade de permanecer quietos para toda a eternidade. Parados… sem vida e sem força para continuar, esta marcha que nos impuseram. Parados… Parados… Parados!
De novo o advento. Regressar ao princípio. Refazer, como novidade absoluta, o caminho antigo. Assumir a transumância como método. Ser nómada em obediência à voz antiga, aquela que sobrevive entre uma multidão de ruídos, o apelo do deserto, «endireitai…», como quem diz, «despertai!».
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