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a sua tag: "Filosofias"
Ser capaz de arrancar a alguém um espinho que traz espetado no corpo, ao qual possa até já ter-se resignado, é algo de libertador, quase divino.
Decidir é preferir entrar por uma porta, o que implica preterir todas as outras. E há quem não consiga aceitar que a vida é feita de sacrifícios que exigem deixar para trás coisas boas, em vista de outras, melhores.
O sentido da vida passa por sair do conforto e ir ao encontro dos que ninguém quer ver, por serem maus ou por serem melhores do que nós, e caminhar em conjunto com eles no tempo. Dando sem esperar receber. Aceitando sem julgar. Perdoando sem porquê. Aprendendo, sempre.
Não deixes que a morte te encontre a sonhar com o mesmo que sonhavas na juventude. Esquecido de que o tempo passou e nada fizeste para concretizar aquilo de que eras capaz. Cheio de desculpas para as tuas preguiças e orgulhos.
Acreditar que há sentidos que nos ultrapassam é algo de elementar humildade. Por que razão haveriam os mistérios do mundo de caber nas nossas cabeças?
O nosso espírito deve também descansar. Darmos paz a nós mesmos é fundamental. Só nós podemos conceder este dom ao nosso coração. Não nos chegará nunca de fora.
Cada um de nós deve analisar-se, de forma delicada e bondosa. Compreendendo que a existência não é composta apenas de bons momentos, e que a alegria e a paz dependem muito mais do nosso coração do que dos contextos em que vivemos.
Naquele dia, deixou todas as coisas que tinha para trás, na esperança de, através desse despojamento, ser mais.
O sofrimento convida à mudança no sentido de estarmos mais atentos aos outros. Contudo, a muitos apenas os torna mais distantes, frios e indiferentes. Mas como pode alguém ter paz sabendo que há outros, iguais a si, que não a têm?
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