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Na sinagoga de Cafarnaum, Jesus libertou pela manhã um homem possuído por um espírito maligno. Agora se diz que sai da «sinagoga» e parte para a «casa» de Simão e André.
AINDA A «JORNADA DE CAFARNAUM», E JOB, O HOMEM QUE DÓI
Assemelha-se ao interminável trabalho das funções domésticas. Todos os dias se transforma a matéria-prima numa refeição, lava-se, limpa-se, arruma-se e passa-se a ferro. Sabemos que o ciclo agora terminado é o princípio de um outro, numa espiral de ciclos sem fim.
Como um dia era vivido por Jesus? Ele pregava e ensinava, encontrava-se com as pessoas libertando-as do mal e curando-as, rezava. Depois, certamente havia um tempo e um espaço para comer com os seus, para estar com sua comunidade e para ensiná-la como era preciso viver para acolher o reino de Deus
Segundo Marcos, a primeira atuação pública de Jesus foi a cura de um homem possuído por um espírito maligno na sinagoga de Cafarnaum. É uma cena impressionante, narrada para que, desde o início, os leitores descobrem o poder de cura e de libertação de Jesus.
«Eis que faço novas todas as coisas» (Apocalipse 21,5), diz Deus. De tal modo novas, diz Deus, que ninguém pode dizer: «Já o sabia» (Isaías 48,7).
Quais foram as primeiras palavras que ouvimos? Escutados desde no ventre materno, quando é que aqueles sons ganharam corpo e sentido? Primeiro foram as vozes, as melodias, os ruídos que se diferenciavam.
Cada um de nós, especialmente se for idoso, mas não afetado pela demência senil, muitas vezes vai com suas memórias ao passado, em particular àquele que foi o início, o começo de um caso, de um amor que o marcou por toda a vida e que ainda o faz vibrar.
A leitura que a Igreja propõe neste domingo é o Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 1,14-20 que corresponde ao Terceiro Domingo do Tempo Comum, ciclo B, do Ano Litúrgico. O teólogo José Antonio Pagola comenta o texto.
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