Mensagem do Dia Mundial dos Pobres apresentada no dia de Santo António

Vaticano 11 junho 2017  •  Tempo de Leitura: 3

O Vaticano anunciou hoje que a mensagem para o primeiro Dia Mundial dos Pobres, agendado para 19 de novembro, vai ser apresentada a 13 de junho, data em que a Igreja católica evoca Santo António.

 

O Dia Mundial dos Pobres foi instituído pelo papa Francisco através da carta "Misericórdia e mísera", de 20 de novembro de 2016, com a qual assinalou o termo do Jubileu extraordinário da Misericórdia.

 

«[A jornada] será a mais digna preparação para bem viver a solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo, que se identificou com os mais pequenos e os pobres e nos há de julgar sobre as obras de misericórdia», escreveu o papa.

 

«Será um Dia que vai ajudar as comunidades e cada batizado a refletir como a pobreza está no âmago do Evangelho e tomar consciência de que não poderá haver justiça nem paz social enquanto Lázaro jazer à porta da nossa casa», frisou Francisco.

 

Para o papa, a celebração «constituirá uma forma genuína de nova evangelização, procurando renovar o rosto da Igreja na sua perene ação de conversão pastoral para ser testemunha da misericórdia».

 

«Não podemos esquecer-nos dos pobres: trata-se dum convite hoje mais atual do que nunca, que se impõe pela sua evidência evangélica», assinala a carta apostólica de Francisco.

 

O documento vai ser apresentado na Sala de Imprensa da Santa Sé pelo presidente do Consleho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização, o arcebispo italiano D. Rino Fisichella, e pelo secretário do mesmo organismo, o arcebispo colombiano José Arenas.

 

Também hoje o papa lançou uma mensagem no Twitter em que destaca a necessidade que cada ser humano tem dos outros.

 

 

Conta-se que Santo António (Lisboa, 1195-Pádua, 1231) distribuiu uma vez aos pobres todos os pães do convento em que vivia, tendo a mesma quantidade sido reposta, no mesmo dia, por milagre.

 

A partir do sétimo centenário do seu nascimento, na última década do século XIX, alastrou-se em Portugal a bênção do pão de Santo António, e a sua distribuição aos pobres generaliza-se pelo globo.

 

«Ó ricos, tornai-vos amigos (...) dos pobres, acolhei-os nas vossas casas: serão depois eles, os pobres, quem vos acolherão nos eternos tabernáculos, onde há a beleza da paz, a confiança da consciência, a opulenta tranquilidade da eterna saciedade», pregou Santo António, para quem «a caridade é a alma da fé, torna-a viva; sem o amor, a fé esmorece».

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