Permitamo-nos ser resgatados
A vida é feita de muita liberdade. E às vezes de prisões, também.
Permitamo-nos ser resgatados a partir da inteireza e da essência do nosso ser.
Fomos criados para as alturas e para a plenitude e em cada momento somos convidados a superar-nos e a dar o nosso melhor. Precisamos de aprender a conviver com os pesos da vida e ainda assim deixar que eles nos arranquem os sorrisos mais genuínos. Somos convidados a ser livres, leves e cheios de bondade. Genuinamente bondosos!
Oh, o quanto precisamos de aprender a caminhar com a bondade e pela simplicidade!
Permitamo-nos ser resgatados para o infinito a partir da realidade simples, discreta e profunda da vida: é a sombra de uma árvore que nos enche a alma, os estarmos sentados no degrau da escada ou na soleira da porta, o sentir a brisa suave no rosto, o dançar de pés descalços, o chapinhar nas poças de água, o comer um gelado fresco, o permanecer em silêncio, o observar as flores que desabrocham, o contemplar o sorriso sincero de dois enamorados, o observar o pássaro em pleno voo ou as gotas de orvalho numa planta, a formiga que trabalha incansável ou a mãe que amamenta o seu bebé, ou ainda ver o nascer ou o pôr do sol á beira mar…
Permitamo-nos saborear as boas lembranças e a construir outras tantas! Pequenos grandes detalhes da vida que nos curam a alma e permitem resgatar o quanto de bom há em nós. O segredo da beleza e do resgate profundo de cada um de nós está sempre nos pequenos detalhes.
Paremos diante de nós próprios e agradecemos a grandeza do divino que nos habita. Listemos as nossas qualidades e ponhamo-las a render até onde mais não possamos. Comprometamo-nos a mudar-nos a nós próprios e a contar com a infinita graça do Deus que sempre nos acompanha e nos quer inteiros.
A vida é feita de muita liberdade. E de tantos resgates ancorados no resgate d’ Aquele que veio para nos dar vida e vida em abundância!