III D PÁSCOA: «…Jesus aproximou-Se deles e pôs-Se com eles a caminho.»
A serenidade chega às nossas vidas com palavras, olhares, sorrisos, gestos, silêncios…
É como um ponto final que queremos usar!
Podemos oferecê-la ou ansiá-la como pão para a boca.
O mais difícil é manter o nosso peito alimentado, com aquela dose escassa de serenidade!
Recuar perante as dificuldades é de condição humana.
O primeiro impasse, a primeira contrariedade, a primeira mudança que não foi imposta pela nossa vontade,
suge em desespero e desânimo.
Quando o nosso coração bloqueia a presença de Deus Pai, pedimos, rezamos e suplicamos…
Ao ficarmos sem qualquer resposta, abandonamos a missão que o Senhor nos confia e embargamos a obra!
Hoje, a liturgia do 3º domingo da Páscoa, do ano A,
explica-nos as escrituras e coloca em prática cada sílaba transcrita:
As promessas do Antigo testamento são cumpridas num só Homem - Jesus, Aquele que nos acompanha sempre.
O Ressuscitado vem ao nosso encontro e, como quem nada sabe, pergunta:
«Que palavras são essas que trocais entre vós pelo caminho?»
Não impõe a sua presença: «…Jesus fez menção de ir para diante.»
Escuta os nossos pedidos: «Ficai connosco, porque o dia está a terminar e vem caindo a noite»
Aceita sem hesitar: «Jesus entrou e ficou com eles.»
Serena o nosso coração com um amoroso gesto:
«…tomou o pão, recitou a bênção, partiu-o e entregou-lho.»
Para este tempo de dor e desânimo
a vida pede-nos o reconhecimento do Cristo na simplicidade das atitudes diárias.
Em palavras moderadas que partilhamos com aqueles que estão ao nosso lado, a cada segundo!
Em olhares confiantes que oferecemos àqueles que começam a perder o ânimo!
Em sorrisos que esboçamos ao verificarmos que tudo está virado do avesso!
Em gestos rápidos quando é preciso ajudar alguém!
Nos silêncios que fazemos perante a controversa!
Hoje, é urgente explicar a Cruz de Cristo como o resgate necessário para que tenhamos vida
e uma vida nova que não morre!
O desafio é ser Pão… Ser Pão como Jesus é Pão!
Alimentar os irmãos
que andam tristes e desalentados ao dar-lhes Esperança!
É urgente trazer a serenidade do Pão no nosso peito,
reparti-la e não esperar o reconhecimento de quem a recebe.
E… se formos nós a receber a serenidade,
vamos dizer a todos que O Senhor Está Vivo,
em cada um de Nós, na nossa Casa,
no nosso Coração que arde quando entende as escrituras!