Não sejas um pássaro na gaiola
Há momentos em que a vida nos coloca à prova. Momentos em que somos obrigados a repensar toda a nossa vida. E é por isso que hoje te digo: não sejas um pássaro na gaiola.
Há uma passagem da vida de Santo António Maria Claret que me marcou e com a qual muitos de nós nos identificamos. Em determinado momento da sua vida, Claret foi convidado para ser confessor da Rainha Isabel II. Quando o próprio descreve essa fase da sua vida, refere sentir-se com um pássaro preso numa gaiola. Aquilo que ele mais gostava era de fazer missão e de estar com as pessoas e, naquela função, não tinha essa liberdade.
Quantos de nós nos vamos sentindo como Claret? Quantos de nós nos sentimos presos numa gaiola e não vemos maneira de sair dela? Ou então, temos simplesmente medo de abrir a porta e voar. Em algum momento da nossa vida, todos nos sentimos assim!
Por vezes, a vida dá uma reviravolta e damos por nós presos numa situação que não nos preenche. Seja pela segurança que a situação nos dá, seja pela incerteza do que virá depois, ou até pelo medo de dizer que determinada situação não nos faz feliz. E é aqui que eu te pergunto: preferes viver a vida preso numa gaiola ou a voar livremente pelos céus?
Basta um gesto, uma palavra, um momento de coragem, para que a porta se abra. E mesmo que esse momento tarde, há sempre algo que podemos ir fazendo para que o voo seja mais eficaz ou para que o passo a dar não custe tanto. O conforto pode estar dentro da gaiola, e mentalizamo-nos de que aquilo é o melhor para nós. Mas aquilo que o mundo tem para nos dar estar do outro lado da grade, disponível para cada um de nós mal a porta se abra.
Ficar ou voar? Essa é a pergunta-chave, porque o voo também é seguro e confortável. Basta que confies!