XXX Tempo Comum: «Clama…» - Ano C
O clamor que sai da boca humana deve ser (sempre) verdadeiro.
Quando clamas, fá-lo de coração aberto, joelho no chão e sem erguer os olhos ao Céu.
Clamar é sinónimo de humildade e de proximidade (mesmo quando, fisicamente, estás distante).
Em circunstância alguma te arrependas de clamar.
Aquele que clama com a Alma, que combate o bom combate da Fé, terá sempre Deus na sua vida.
Onde há Deus, há Amor… onde há Amor, nascem gestos e aí habita Deus!
No Evangelho do 30º Domingo do Tempo Comum, do Ano C, O Cristo,
fixa mais uma Parábola, no Templo, na Casa do Pai,
onde devemos estar próximos do Senhor, que nos dá a Vida.
Jesus enquadra um fariseu prepotente que dispara palavras ocas,
enquanto exalta um publicano arrependido que faz uma prece sentida e dolorosa:
«Meu Deus, tende compaixão de mim, que sou pecador.»
Há palavras que em surdina são verdadeiros gritos.
No dia em que a tua oração atravesse as nuvens…
verás o regaço do Pai, onde poderás descansar!
Onde sentirás que nunca, jamais, foste abandonado!
Mas, no entretanto…
Enquanto permaneces com a Fé escassa…
com a mente a emitir sinais de tristeza e trevas…
com o desprezo total pela dor de quem sofre…
com a aspiração de que és superior…
com o sentido de justiça trocado…
Baixa o olhar e permite que alguém te salve dessa noite escura.
Abre-te à Palavra de Deus! Reza… Reza muito!
Sobe até ao Templo e clama pela compaixão divina!
Bate fortemente no peito e grita pelo Senhor Teu Deus!
Encontra a Esperança… Acende a Fé… Sê Amor puro…
Clama sem medo!
Serás eternamente por Deus escutado!