XXXII Tempo Comum: «Sombra…» - Ano C

Crónicas 5 novembro 2022  •  Tempo de Leitura: 2

A sombra deixa-nos felizes no Verão.
Viver na sombra é algo que nos assusta…
Sombra é a palavra que nos faz lembrar morte, escuridão e tristeza…
Mas, a Sombra Divina… é Aquela que nos cobre e protege!

Hoje, na liturgia do 32º Domingo do Tempo Comum, do Ano C, a sombra da morte invade o nosso coração.
Vem com trevas e medos… vem com dúvidas e lágrimas…
porque o tema da morte é sempre algo que nos entristece.
A Fé do Batizado abala quando vemos um corpo sem vida.
Esquecemo-nos da morte dO Cristo que Ressuscitou e que habita o nosso ser.
É Alma… É O Espírito Santo que nos anima e nos dá coragem.

Porque tememos a única passagem
que nos leva a ver O Rosto de Deus, nosso Pai?
Ainda não entendemos o que é a Ressurreição.
Não acreditamos que Deus é vida pura e bela.
Somos loucos… insensatos… vivemos para a matéria e para este mundo que se sacia numa cultura de morte.

Então…
Podemos [devemos] não temer a morte?
Encontramos a resposta enterrada e esquecida no versículo da Bíblia:
«Vale a pena morrermos às mãos dos homens,
quando temos a esperança em Deus de que Ele nos ressuscitará…».
O Mestre vem oferecer-nos uma certeza que devemos tatuar no coração e no pensamento:
«Não é um Deus de mortos, mas de vivos, porque para Ele todos estão vivos».
E S. Paulo obriga-nos a respirar de alívio:
«Jesus Cristo, nosso Senhor, e Deus, nosso Pai, que nos amou e
nos deu, pela sua graça, eterna consolação e feliz esperança,
confortem os vossos corações e os tornem firmes em toda a espécie de boas obras e palavras.»

É neste Amor do Messias que temos de confiar, sem sombra de dúvida.
Porque onde há Amor, nascem gestos e aí habita Deus!

Vive a Vida ao sabor da Ressurreição… Não temas! És amado por um Deus que é Pai…
Um Pai que é A Sombra mais brilhante…
que leva pela mão todos os Seus amados Filhos até à Vida eterna.

Liliana Dinis

Cronista Litúrgica

Liliana Dinis. Gosta de escrever, de partilhar ideias, de discutir metas e lançar desafios! Sem música sente-se incompleta e a sua fonte inspiradora é uma frase da Santa Madre Teresa de Calcutá: “Sou apenas um lápis na mão de Deus!”
Viver ao jeito do Messias é o maior desafio que gosta de lançar e não quer esquecer as Palavras de S. Paulo em 1 Cor 9 16-18:
«Porque, se eu anuncio o Evangelho, não é para mim motivo de glória, é antes uma obrigação que me foi imposta: ai de mim, se eu não evangelizar. (…) Qual é, portanto, a minha recompensa? É que, pregando o Evangelho, eu faço-o gratuitamente, sem me fazer valer dos direitos que o seu anúncio me confere.»

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