Coragem é agir com o coração. E agir com o coração não tem de ser um ato heróico ( embora também o seja). Talvez fosse bom que a coragem se torna-se "banal", não de banalidade sem sentido ou compromisso, antes pelo contrário, a coragem de sermos comprometidos com os nossos pensamentos e emoções. Comprometidos com a descoberta da nossa autenticidade.
Vou mais longe até, e falo da coragem de olharmos profundamente para as nossas vulnerabilidades.
Ainda me parece que nos dias de hoje, ser corajoso/a, implica não se mostrar frágil, imperfeito ou vulnerável.
Gostava mesmo de acreditar que está fora de moda, olhar-se para a coragem como" só sou corajoso/a se for para além dos ( meus) limites".
Coragem é falar honestamente sobre quem somos, sobre o que sentimentos, as nossas dúvidas e experiências.
Corajoso/a é conhecer-se a si mesmo/a; os seus medos, as suas vergonhas, o seu desamor.
Ser corajoso/a é pedir ajuda.
Ter coragem é dizer não sei, quando todos à volta, sabem de tudo, conhecem tudo, falam de tudo.
É avançar mesmo não sabendo o que está mais à frente. É ter a sabedoria de entregar e abrir o coração à vida.
"Coragem é caminhar suavemente no sentido daquilo que nos atemoriza" e mesmo assim, todos os dias acordar com esperança e fé no novo amanhacer.
Coragem é colocar limites. É cultivarmos a aceitação de nós mesmos. A nossa responsabilidade. Assumirmos o nosso caminho.
Coragem é ter a capacidade de recebermos de coracao aberto, pois só assim conseguiremos dar de coração pleno.
A coragem é algo que alimentamos e que cresce. A coragem é um ato de amor. Um ato de amor por aquilo que cada um de nós é. Pela verdade que habita dentro de cada um.
Só amando quem és, poderás amar verdadeiramente o outro. E só nesse caminho de amor, poderás encontrar verdadeiramente o sentido da tua coragem.