Ama até ao fim. Amarás sem fim.

Crónicas 25 abril 2025  •  Tempo de Leitura: 2

O amor começa por se prometer, para que depois se vá cumprindo. Para tal, muitas vezes implica sofrer. Nesse ponto, o que importa não será nunca a dor, por maior que seja, mas o amor que lhe dá sentido.

A nossa existência será sempre absurda se escolhermos não definir um destino e um caminho para o alcançar. Depois, ainda que com muitas quedas, mudanças de planos e por mais cansaço que se sinta, a vida será sempre para avançar. Mais do que mudar – o que é essencial – viver é continuar. Apesar de tudo.

A vida chega-nos como um dos frutos do amor dos nossos pais, dos seus pais e assim por diante. Podemos julgar que somos fruto de um conjunto sem fim de acasos, ou compreender que talvez haja sentidos para além daqueles que conseguimos entender neste mundo.

Recebemos essa vida, cabe-nos depois tratar de a viver bem. O maior de todos os perigos desta viagem entre o nascimento e a morte é a falta de amor. A vida não é para si mesma, só se vive para fora. Nenhuma vida vive só. Amar é o princípio mais radical de qualquer vida. Viver é dar-se, existir num mundo e para o que nele existe.

O amor dá vida e a vida ama quem ama e quem a ama.

O final deste mundo corresponde ao começo de outro. O que levamos connosco? O que fomos capazes de dar. Todo o bem que fizemos chegar à vida daqueles com quem nos cruzámos. Mais ainda, todos os sacrifícios e sofrimentos de que fomos capazes para que assim fosse.

Esta vida é breve, importa viver devagar e com profundidade, alongando e engrandecendo os dias. Num dia cabe mais do que uma vida. Tratemos de aproveitar cada hora. Amando.

A minha vida não é nem minha nem para mim.

Ama. E se tiveres de sofrer, sofre. E se tiveres de entregar a tua própria vida a fim de que o amor se cumpra… fá-lo. Porque entregando o teu tempo neste mundo conquistarás a eternidade.

Artigos de opinião publicados no site da Agência Ecclesia e Rádio Renascença.

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