XXX TC: «Que queres que Eu te faça?» - Ano B

Liturgia 27 outubro 2018  •  Tempo de Leitura: 4

Maravilhas…
Eis o que todos queremos ter!
O que tenho como Maravilha para mim pode não ser, assim tão Maravilhoso, para os outros…
Mas, quando TODOS afirmam: “Que Maravilha!”, ao olharem o mesmo, decerto que esse algo… é Maravilha pura!

 

Já sentiste aquele sabor agridoce que te satisfaz plenamente, apenas com um grama de doçura e uma pitada de sal?
Já cheiraste aquela maresia intensa, do campo florido, no cume de uma montanha?
Já escutaste aquela melodia de hard rock metálica,tocada por uma Orquestra Clássica, com o Ritmo mais alucinante,
que te leva por locais remotos da tua imaginação?
Já tocaste naquela pedra-pomes que te suaviza até a alma, quanto mais o calcanhar?
Já olhaste fixamente para aquela espiral, que te abandona no início que é o fim e num túnel vertical que é plano?
Nem sabes, pois não? Isso… Isso são Maravilhas!

 

Jesus é o expoente máximo do realizador destas Maravilhas.
É aquele que nos vem relembrar, o que já deveríamos saber sobre o Nosso Deus:
«Eu sou um Pai para Israel e Efraim é o meu primogénito»
Se somos filhos de um Deus tão maravilhoso, só temos de cumprir a ordem: «Soltai brados de alegria…»
Sem temor, sem lágrimas… com uma gigantesca Esperança em nós próprios…
Porque, Ser Missão é aceitar tudo e derrubar qualquer obstáculo, que na hora é mau e no fim é Maravilha!
Cantemos então com júbilo:
«À ida vão a chorar, levando as sementes; à volta vêm a cantar, trazendo os molhos de espigas.»
e num simples gesto, num humilde trocar de olhares, num sorriso tranquilo…
… a vida terá: Maravilhas sem fim!
Quem poderá aceitar esta alegria de viver?
Cada um de nós, que é Baptizado e tem um Salvador que é «…o sumo sacerdote, escolhido de entre os homens,
é constituído em favor dos homens, nas suas relações com Deus, para oferecer dons e sacrifícios pelos pecados.»
Quem de entre nós quer esta Glória de sofrer pelo irmão? Quem quer viver como O Cristo viveu?
Tu e Eu?! Eis mais uma árdua Maravilha…

 

Hoje, a liturgia do 30º domingo do Tempo Comum, do Ano B, só poderá ser uma Maravilha!
O caminho que é a nossa vida…
onde o sentido da visão é o mais turvo que possuímos e nos afasta de fazermos o bem,
pois não temos tempo para ver o cego que está ao pé da estrada…
Quem terá piedade de nós, quando quisermos voltar a vislumbrar as Maravilhas da Vida?
O cego de nascença… Aquele que «…atirou fora a capa, deu um salto…» e nos limpou a alma com a sua Fé!

 

«Mestre, que eu veja». 
A este singelo pedido, Jesus jamais desviará o Seu olhar, quanto mais o Seu coração!
A resposta é mais do que uma das sete Maravilhas, é Divinal: «Vai: a tua fé te salvou»

 

O Senhor da Vida salva e imperativamente ajuda-nos a discernir o que fazer com “essa Salvação”: VAI!
O estar parado… quieto… indeciso… sem rumo… não é propriamente sinónimo de aceitar o que Deus tem para nós:
«Tu és meu Filho, Eu hoje Te gerei» Esta herança abandona-nos no caminho com uma «CORAGEM!»arrebatadora!
Há tanto para fazermos!
Aqui ao lado podemos encontrar um cego que precisa de uma mão para o guiar.
Tu tens essa mão! Tu és luz! Tu és salvação! És Maravilha!
Não fiques com a capa,
nem com a venda invisível nos teus olhos, a ofuscar o mal…
Vai e espalha sementes de Amor, de Paz, de Esperança e de Fé!
Vai… E Segue Jesus no caminho!
Vai! Que Maravilha serás…

Liliana Dinis

Cronista Litúrgica

Liliana Dinis. Gosta de escrever, de partilhar ideias, de discutir metas e lançar desafios! Sem música sente-se incompleta e a sua fonte inspiradora é uma frase da Santa Madre Teresa de Calcutá: “Sou apenas um lápis na mão de Deus!”
Viver ao jeito do Messias é o maior desafio que gosta de lançar e não quer esquecer as Palavras de S. Paulo em 1 Cor 9 16-18:
«Porque, se eu anuncio o Evangelho, não é para mim motivo de glória, é antes uma obrigação que me foi imposta: ai de mim, se eu não evangelizar. (…) Qual é, portanto, a minha recompensa? É que, pregando o Evangelho, eu faço-o gratuitamente, sem me fazer valer dos direitos que o seu anúncio me confere.»

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