Domingo de Ramos | Ano C
Senhor Jesus, Filho de David…
Hoje desejas, ardentemente, comer à minha mesa
Queres que eu tome o fruto da videira e o reparta por todos, todos, todos
Anseias que eu comungue o Pão Sagrado, o Teu Corpo,
em memória de Ti, do Teu Amor infinito
Derramas o Teu Sangue para selar uma nova aliança comigo
e entristeces o tom da Tua voz ao denunciares aqueles que ainda não Te amam
Falas de reis que querem dominar e
exultas aqueles que servem sem hesitar.
Recordas os que sempre estiveram conTigo nas provações e
prometes um Reino semelhante ao que o Pai preparou para Ti.
Advertes aquele que se “agitará na joeira como trigo”,
aquele que irá desfalecer na Fé,
mas será convertido e fortalecerá a Tua Igreja
Envias-me livre e sem alforge a anunciar um mundo de amor
Oras, angustiadamente, e o Teu suor são gotas de sangue.
Pedes ao Pai que afaste de Ti este cálice e
é Te enviado um Anjo como bálsamo e fortaleza.
Perguntas-me porque adormeci.
Porque não rezo conTigo, para não cair na tentação mas, mandas-me levantar.
Aceitas o beijo do traidor
Mandas baixar as espadas
Anuncias a hora das trevas e aceitas o escárnio e a crueldade que Te dominavam
Afirmas que Te irás sentar à direita do Pai
Permaneces em silêncio perante Pilatos
No caminho reconfortas as Mulheres de Jerusalém que choram por Ti
No alto da cruz suplicas o perdão para todos os loucos que não sabem o que fazem
E… nas mãos do Pai… entregas o Teu Espírito
Hoje, eu quero levar-Te assim:
um corpo morto! a todos os que ainda não são silêncio profundo para Te amar.