Os santos não nasceram santos
Na celebração da festa de Todos os Santos é fascinante lembrar onde é que começaram alguns dos santos mais conhecidos e como é que as suas vidas evoluíram.
S. Mateus era um cobrador de impostos. Santa Maria Madalena praticava a mais velha profissão do mundo. S. Pedro era impetuoso e um algo vaidoso, e teve de ser fortemente pressionado antes de deixar que os gentios se tornassem cristãos sem que primeiro se convertessem ao judaísmo. A maior parte dos apóstolos fugiu para as montanhas quando Jesus foi preso no Jardim do Getsémani, pouco tempo depois da promessa “inabalável” de que o haveriam de seguir para todo o lado e que morreriam com ele, se assim tivesse de ser.
A lista é grande, mas a questão é simplesmente esta: nenhum deles nasceu santo. Foi mais ao contrário. Tornaram-se lenta e dolorosamente homens e mulheres santos, com inúmeros começos, paragens e retrocessos. E repetidas vezes, como muitos testemunharam nos seus diários, eram atormentados pelo desencorajamento profundo causado pela falta de progresso e erros frequentes. S. Paulo falou por eles e por todos nós quando reconheceu, angustiado, “Não é o bem que eu quero que faço, mas o mal que eu não quero, isso é que pratico”. Não é esta também a nossa verdade?
Há uma lição nestas histórias de vida para nós, que ainda continuamos a lutar ao longo dos nossos caminhos: crescer à imagem e semelhança de Deus demora muito tempo. É trabalho para uma vida, e Deus compreende-o.
Por isso, ganhe coragem e esperança. Alegre-se com as pequenas vitórias à medida que elas vão acontecendo. Cada uma é mais um passo a caminho de casa. Cada uma é mais um passo para o abraço do nosso Pai.
[P. Dennis Clark | In Catholic Exchange]