WEB: Os meios de comunicação social implicam mudanças
Após uma reflexão sobre qual o valor teológico dos meios de comunicação social, esta semana, na continuação dos artigos que refletem uma análise aos documentos do magistério sobre a Igreja e as novas tecnologias, iremos incidir nas mudanças que os meios de comunicação implicam para a Igreja.
É evidente que a missão da Igreja não é fácil nesta época de puro relativismo, em que se difunde a convicção de que o tempo das certezas já pertence ao passado: para muitos a pessoa humana deve aprender a viver “perseguindo o que é provisório e passageiro”, afirma João Paulo II na carta apostólica “O rápido desenvolvimento. Neste contexto, os meios de comunicação social poderão ser usados para “para proclamar o Evangelho ou para o reduzir ao silêncio nos corações dos homens”, escreve o Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais em Fevereiro de 1992, na instrução pastoral “Aetatis novae”. Isto apresenta-se a toda a sociedade em geral, mas mais concretamente aos pais, às famílias e a todos os que têm a seu cargo a difícil tarefa de formação das crianças e jovens, um sério e importante desafio. Na carta apostólica de 2005, João Paulo II escreve-nos que, “devem, portanto, todos aqueles que trabalham no mundo da comunicação social ser encorajados com prudência e sabedoria pastorais, para que se tornem arautos em diálogo com o vasto mundo dos média”. Como é natural, não compete somente aos trabalhadores da comunicação social valorizar os média, mas toda a comunidade eclesial é chamada a esse labor, desde a liturgia, que é a expressão máxima da comunicação de Deus com os irmãos, à catequese, que se destina a pessoas que são influenciadas pela linguagem e culturas actuais. É então necessário que a Igreja faça uma espécie de renovação pastoral e cultural perante este fenómeno das novas tecnologias, a fim de ser capaz de enfrentar da maneira mais correcta os desafios da época em que vivemos.