Regresso às aulas: Ler, escrever e fazer contas
Um novo ano escolar está prestes a começar e é fácil imaginar o estado de ânimo de muitos estudantes. Um misto de expetativa, estremecimento, talvez até preocupação.
Por um lado, a tristeza por deixar para trás as férias, o muito tempo livre e o divertimento, por outro o desejo de rever os companheiros com os quais se viverá lado a lado nos próximos meses.
Qualquer que seja a escola e o grau, a aventura que se inicia, ou que recomeça, é daquelas que permanecerão impressas por toda a vida, marcá-la-ão. Interessante!
Os votos que podemos fazer como adultos aos estudantes, mas que funcionam também como pró-memória para nós, é o de não desperdiçar esta ocasião. Vivê-la plenamente.
Antes dizia-se que a escola deve ensinar a ler, a escrever e a fazer contas. Com certeza que a escola é muito mais, não é apenas alfabetização. Mas nessas palavras está o essencial.
Aprender a ler para poder formar-se e informar-se, numa realidade cada vez mais complexa, que por vezes desorienta. Ler o mundo que está à nossa volta e lermo-nos a nós mesmos no mundo.
Aprender a escrever para colocar em ordem os pensamentos, para comunicar com os outros. Num mundo em que todos falam e ninguém escuta, aprender a escrever é também adquirir o espaço e o tempo para dizer alguma coisa que vá além dos “tweets” e “posts” das redes sociais.
E fazer contas, para dar valor às coisas. Às pessoas. Saber juntar e unir, saber subtrair e renunciar quando é preciso, multiplicar os próprios talentos, colocando-os a dar fruto e a dividir pelos outros.
Boa escola!
[Walter Lamberti | In SIR]