Dai-me paciência, porque se me dás força…
Frequentemente dou por mim a perder uma das maiores virtudes do ser humano: a paciência! Sou um pouco intolerante- não à lactose- mas às fraquezas humanas.
Espera e respira um pouco antes de começares a pensar mal de mim.
Eu sei que não sou perfeita mas gostava de me sentir melhor e mais realizada na proporção da passagem do tempo, mas já percebi que nem sempre é assim. Quando parece que melhoramos uma capacidade, outro remendo velho rebenta e lá meto mão na cabeça e suspiro: estraguei tudo outra vez.
É que, por mais que diga para mim mesma: hoje vais estar calada! Hoje apenas ouves! Acabo sempre por não segurar a minha impaciência de partilhar com os outros o que penso sobre os assuntos, o que nem sempre corre bem. Outras, crio expectativas de que a minha opinião vá ser interpretada de uma determinada maneira e na verdade caí por terra toda a teoria da compreensão.
Depois assisto com alguma atenção a duas atitudes muito interessantes: os atos e omissões. Sim, porque se por vezes condenamos os que falam, os que dizem e os que fazem, também devemos aceitar que a omissão também é grave. É grave quando não respondemos a mensagens, quando não damos a nossa opinião no sítio certo, quando encolhemos os ombros à espera que alguém fale ou quando paramos no momento em que devemos intervir.
Já me disseram que eu tenho de ter mais tolerância, exigir menos, levar com calma…vou continuar a trabalhar nisso porque se não o fizer, dou por mim cheia de força a dizer o que penso, da maneira menos adequada. Ora bolas!
Não somos todos iguais, não nos esforçamos todos da mesma maneira, e muitos estão tão focados no seu umbigo que desvalorizam os umbigos dos outros, para esses eu também tento ter paciência, até porque, como sabes, não sou perfeita e também não gosto de ser julgada.
Até lá, tem paciência comigo!
E tu amiga, costumas ter paciência?