Em construção…

Cartas a uma amiga 19 agosto 2023  •  Tempo de Leitura: 2

Sinto que por vezes precisávamos de por uma placa ao pescoço a dizer: ”EM CONSTRUCÃO, lamentamos o incómodo mas não sabemos quando vai acabar”.

 

Precisamos de:

Reconhecer que somos uma obra em progresso, em permanente construção e desconstrução.

Reconhecer que por vezes fazemos projetos, pedimos licenças e nem sempre conseguimos fazer a obra a que nos propomos.

Reconhecer que nem sempre somos a melhor versão de nós mesmos e que temos de refazer os projetos, a arquitetura da causa e fazer…melhor!

 

Estamos em construção… permanente, pelo menos é assim que vejo as coisas e sou grata por isso.

 

Independente de sentir que que nem sempre aprendo com os erros, reconheço que tenho a obrigação de me esforçar por melhorar e de obrigar a mudanças de Dentro para Fora. Em alguns aspetos, e por mais que tente, acho que já não consigo mudar, mas vou tentando limar as arestas, disfarçar as fragilidades que já vou reconhecendo em mim.

 

Faz parte deste meu projeto de construção que luta contra a frase do “eu sou assim, quem gosta, gosta, quem não gosta põe na beira do prato”. É um projeto que dá muito trabalho, inquieta, incomoda e perturba pois obriga a reconhecer e a valorizar o que és mas que te põe há prova na relação com os outros dado que nem sempre o que és corresponde á imagem que os outros têm de ti. Esse choque, essa surpresa, deceção abana alicerces, e pode obrigar a novas remodelações no projeto pessoal. Por isso estou, e se calhar deveremos estar todos, em permanente… CONSTRUÇÃO.

 

E tu amiga, em que fase da construção estás?

Raquel Rodrigues

Cronista "Cartas a uma amiga"

Raquel Rodrigues nasceu no último ano da década 70 do século passado. Cresceu em graça e em alguma sabedoria, sendo licenciada em Gestão, frequenta o mestrado em Santidade: está no bom caminho!

Aproveita cada oportunidade para refletir sobre os sentimentos que as relações humanas despertam e que, talvez, sejam comuns a muitas pessoas. A sua escrita é fruto da vontade de partilhar os seus estados de alma com a “amiga” que pode bem ser qualquer pessoa que leia com disposição cada uma das suas cartas.

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