Sai da ilha… mas volta!
Nos últimos tempos não tenho dito tantas vezes como gostaria:
- ”quero voltar para a ilha!”
Mas mais
- ”quero sair da ilha”.
Geralmente quando gostamos muito de algo temos vontade de repetir a experiência de “voltar” a sentir o mesmo. Eu tenho muitas experiencias dessas mas cujo grau de repetição não é tanto quanto gostaria.
Mas nos últimos tempos dou por mim a querer “sair da ilha”. Não, não é tanto uma questão física, é mais uma questão emocional.
Quando estás tão envolvida num certo projeto –ilha – e ele começa a não ser tão bonito como gostavas.
Quando essa ilha começa ficar mais sombria, ou pelo menos, tu começas a reparar mais nas sombras do que na beleza da mesma.
Quando a ilha perde o encanto e o tu o entusiasmo mas continuas a adorar a tua ilha, os teus projetos, e as tuas causas, apenas sentes que tens de ver outras ilhas e olhares para a tua de fora. Desterrada de emoções e sentimentos e ficar apenas a olhar e a apreciar o que de bom a tua ilha tem. Precisas de sair da ilha mas… voltar e se possível torna-la mais bonita.
Todos precisamos de ter a capacidade de sair do que nos aprisiona, sem desistir de lutar por causas que nos imprimem o ser que somos.
Todos precisamos de sair da ilha - do que nos pesa - e talvez essa viagem não precise de ser tão longa quanto pensas. Pode ser umas mini férias, um bom livro, uma boa conversa… mas deve implicar sempre uma reflexão sem azedume nem lamentações. Deve sim é ter esse propósito, deve ser planeado e preparado como terapia.
Sair para ver de fora, não é fraqueza, é estratégia!