Aparecer para “parecer”
Vivemos cheios de “máscaras”, entre “falinhas mansas” e “palmadinhas nas costas” estamos inebriados de uma falsa aparência de “gosto muito de ti” que às vezes não passa de um “tolero-te”.
Estamos rodeados de pessoas que adoram aparecer, ocupar espaço, e fazerem-se notar a todo o custo. Podem até usar palavras finas, um tom de voz bem colocado, mas depois de algum tempo o que “parece não é”. Mas atenção, não são só os outros, nós também nos podemos deixar cair nessa necessidade de protagonismo.
Mas a “verdade vem sempre ao de cima” e mais tarde ou mais cedo a “máscara cai”. O povo, nisto é sábio e a prova disso é que estas expressões têm décadas e ainda continuam atuais.
Há, efetivamente, quem goste de aparecer, mascarado de simpatia e disponibilidade apenas para parecer ser a “melhor bolacha do pacote” mas na verdade não se conseguem comprometer com o trabalho que está por baixo do icebergue. Não basta parecer que se é, tem de se ser e isso exige um trabalho concreto, uma procura incessante por se melhorar, em vez de nos acomodar ao “sou assim, quem não gosta põe na beira do prato”.
Por vezes temos de colocar a Máscara da simpatia ”engolir sapos” em prol de projetos maiores que as nossas ambições pessoais.
Por vezes temos mesmo de “Deixar estar” e fazer silêncio, apenas para garantir que não deitamos tudo a perder e a nossa máscara choca os outros.
Mas nada nos impede de trabalharmos para que o que APARECE corresponda não só ao que PARECE mas verdadeiramente ao que SOMOS. Sim dá trabalho. Sim, nem sempre corre como queremos, mas no final é menos uma máscara que carregamos. Sim, conseguiremos ver melhor o que o outro é, mesmo que ele nos queira parecer uma outra coisa.
E tu amiga, és o que pareces?